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A Vale (VALE3) anunciou na terça-feira (15) que suas vendas de minério de ferro cresceram 4% no primeiro trimestre de 2025, somando 66,1 milhões de toneladas, mesmo com uma queda de 4% na produção, que totalizou 67,7 milhões de toneladas. O desempenho ficou alinhado às expectativas do mercado, que projetava vendas em torno de 66 milhões de toneladas e produção próxima a 69 milhões no período.
Segundo a mineradora, o resultado positivo nas vendas foi possível graças à flexibilidade da cadeia logística e à utilização de estoques para suprir a demanda, especialmente diante dos impactos das fortes chuvas no Sistema Norte, que prejudicaram a produção.
No segmento de pelotas, o desempenho foi mais fraco. A produção recuou 15% em relação ao mesmo período de 2024, caindo para 7,2 milhões de toneladas, refletindo a menor oferta de pellet feed. As vendas de pelotas acompanharam a tendência de baixa e caíram 18,8%, totalizando 7,5 milhões de toneladas.
Já na divisão de metais básicos, a mineradora registrou avanços significativos. A produção de cobre cresceu 11%, atingindo 90,9 mil toneladas, impulsionada pelo bom desempenho de unidades como Salobo, Sossego e Voisey’s Bay. As vendas do metal aumentaram 6,6%, chegando a 81,9 mil toneladas.
A produção de níquel também subiu 11%, para 43,9 mil toneladas, com destaque para Onça Puma e o avanço do projeto VBME, no Canadá. As vendas de níquel cresceram 17,5%, somando 38,9 mil toneladas.
Em relação aos preços realizados, a Vale informou que o cobre valorizou 15,7% frente ao primeiro trimestre de 2024, sendo vendido a US$ 8.891 por tonelada. Já o minério de ferro sofreu queda de 9,8%, com cotação média de US$ 90,8 por tonelada. As pelotas caíram 18,1%, para US$ 140,8, enquanto o níquel recuou 4,4%, sendo negociado a US$ 16.106 por tonelada.
Mesmo diante das oscilações, a companhia manteve seu guidance de produção para 2025, prevendo entre 325 e 335 milhões de toneladas de minério de ferro, 38 a 42 milhões de toneladas de aglomerados (incluindo pelotas e briquetes), 340 a 370 mil toneladas de cobre e 160 a 175 mil toneladas de níquel.
No after market, os recibos de ações da Vale (ADRs) caíam 0,4% em Nova York, negociados a US$ 9,10, refletindo a leve frustração em relação à produção, mas com mercado atento à consistência nas entregas e à manutenção das projeções para o ano.