China reage a novas tarifas com aumento de 84% sobre produtos dos EUA
A escalada nas barreiras comerciais reforça o tom agressivo da atual fase da disputa, que vem se intensificando desde o início do segundo mandato de Trump

Em mais um capítulo da crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, o Ministério do Comércio da China anunciou nesta quarta-feira (9) uma resposta dura às novas medidas impostas por Washington. A tarifa adicional sobre produtos americanos será elevada de 34% para 84%, como retaliação direta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de implementar uma tarifa extra de 50% sobre bens chineses, medida que entrou em vigor hoje.

A escalada nas barreiras comerciais reforça o tom agressivo da atual fase da disputa, que vem se intensificando desde o início do segundo mandato de Trump. O governo chinês, que vinha sinalizando disposição para o diálogo em semanas anteriores, optou por responder com firmeza. Em comunicado oficial, o Ministério do Comércio de Pequim afirmou que as novas tarifas têm como objetivo “proteger os interesses legítimos da economia chinesa e salvaguardar as regras do comércio internacional”.

Além do aumento tarifário, a China anunciou outra medida com impacto direto sobre empresas americanas: 12 novas companhias dos Estados Unidos foram incluídas em sua lista de controle de exportação. A medida restringe a atuação dessas empresas em solo chinês, especialmente no fornecimento de tecnologias sensíveis, e sinaliza uma possível ampliação do controle sobre cadeias estratégicas de suprimentos.

Como parte da estratégia multilateral, Pequim também revelou que irá apresentar uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as novas tarifas americanas. A movimentação sinaliza que a China busca respaldo institucional e tenta isolar os Estados Unidos na arena internacional, reforçando seu discurso de que as medidas impostas por Trump ferem as normas globais do comércio.

 

Essa nova rodada de sanções e contramedidas adiciona ainda mais pressão sobre mercados financeiros, empresas multinacionais e cadeias globais de produção, que já vinham sendo afetadas por incertezas decorrentes da política econômica agressiva adotada por Washington. Economistas alertam que, se mantido esse ritmo de confrontos, os impactos sobre o crescimento global podem se intensificar nos próximos meses.

redacao
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