Goldman Sachs prevê retornos mais modestos para ações dos EUA na próxima década
O Goldman Sachs aconselha os investidores a se prepararem para retornos mais modestos em ações e considerarem alternativas

As ações dos Estados Unidos, que tiveram um desempenho acima da média nos últimos dez anos, provavelmente não manterão esse ritmo, à medida que os investidores começam a buscar melhores retornos em outros ativos, como títulos do Tesouro americano (Treasuries), segundo estrategistas do Goldman Sachs. Em uma nota datada de 18 de outubro, os especialistas alertaram que os retornos das ações na próxima década devem se aproximar da faixa inferior do desempenho histórico.

Desde a crise financeira global, as ações dos EUA, representadas pelo índice S&P 500, tiveram um crescimento robusto, inicialmente impulsionado por taxas de juros quase nulas e depois pelo otimismo com o crescimento econômico. Dados da Bloomberg indicam que o S&P 500 superou o resto do mundo em oito dos últimos dez anos. No entanto, os estrategistas do Goldman Sachs projetam que o índice deve registrar um retorno nominal anualizado de apenas 3% nos próximos dez anos, muito abaixo dos 13% observados na última década e da média de longo prazo de 11%.

Além disso, o relatório estima uma probabilidade de 72% de que o S&P 500 terá um desempenho inferior ao dos títulos do Tesouro, e 33% de chance de que seus retornos fiquem abaixo da inflação até 2034.

Rali de tecnologia e futuro mais incerto

Embora o índice tenha subido 23% este ano, grande parte desse rali foi impulsionado por algumas das maiores empresas de tecnologia. Os estrategistas do Goldman Sachs esperam que os retornos se tornem mais diversificados ao longo da próxima década, com o S&P 500 ponderado igualmente superando o índice ponderado por valor de mercado.

Mesmo que o mercado continue sendo dominado por grandes empresas de tecnologia, os analistas projetam que os retornos do S&P 500 fiquem em torno de 7%, um número abaixo da média histórica, mas ainda considerável.

Diante desse cenário, o Goldman Sachs aconselha os investidores a se prepararem para retornos mais modestos em ações e considerarem alternativas como títulos, que podem oferecer melhores oportunidades de rentabilidade nos próximos anos.

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