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As ações da IBM (IBM) registraram uma queda de 5% no pré-mercado desta quinta-feira, impactando negativamente os futuros do índice Dow Jones Industrial Average. O movimento de baixa ocorreu após a empresa divulgar resultados trimestrais que ficaram aquém das expectativas dos analistas.
A IBM reportou uma receita de US$ 14,97 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2% em termos ajustados pela variação cambial. No entanto, o resultado ficou abaixo da estimativa de consenso dos analistas, que projetavam US$ 15,07 bilhões, segundo pesquisa da Visible Alpha. Os principais fatores de pressão nos resultados foram a queda de 7% na receita de infraestrutura e a estagnação na divisão de consultoria.
Além disso, a IBM registrou um prejuízo líquido de US$ 330 milhões, ou US$ 0,36 por ação, devido a uma cobrança de US$ 2,7 bilhões relacionada a uma liquidação de pensão. Essa perda contrasta com as expectativas dos analistas, que previam um lucro de US$ 1,72 bilhão, ou US$ 1,84 por ação.
Perspectiva estável para o quarto trimestre
Apesar do resultado aquém do esperado, o CEO da IBM, Arvind Krishna, afirmou que a empresa espera um crescimento de receita "consistente" no quarto trimestre, em termos ajustados pela variação cambial. Ele atribuiu a perspectiva otimista às fortes vendas da divisão de software da IBM, um dos pilares de seu portfólio.
Krishna também destacou o crescimento expressivo nos negócios de inteligência artificial (IA) da empresa, que agora somam mais de US$ 3 bilhões, um aumento de mais de US$ 1 bilhão em comparação ao trimestre anterior. A expansão da IA tem sido um dos principais focos estratégicos da IBM, com a empresa investindo fortemente em soluções que integram essa tecnologia para seus clientes corporativos.
Desempenho das ações em 2024
Apesar da queda no pré-mercado, as ações da IBM registram um aumento expressivo de mais de 35% no acumulado deste ano, demonstrando resiliência mesmo com os desafios enfrentados. A valorização das ações reflete a confiança dos investidores na estratégia de transformação digital da empresa e no crescimento de seus segmentos de software e IA, apesar das dificuldades nas divisões de infraestrutura e consultoria.