Aliança Covax enviará até 14 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil
Estimativa consta em carta enviada pelo consórcio internacional, diz governo

A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir o acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19, deve enviar de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil a partir de fevereiro.

A informação foi divulgada neste sábado (30) pelo Ministério da Saúde, que disse ter recebido a estimativa em uma carta enviada pelo consórcio internacional.

A Covax Facility é uma coalizão de mais de 150 países criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid-19. O Brasil é um dos participantes.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, já havia anunciado no último dia 22 que as primeiras doses da Aliança Covax seriam distribuídas a partir do próximo mês – sem detalhar quanto cada país receberia.

Nesse primeiro momento, segundo a OMS, há acordo de compra para 40 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela BioNTech e outras 150 milhões de doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca.

Segundo o Ministério da Saúde, a carta enviada pela Aliança Covax estabelece que o Brasil receberá doses da vacina de Oxford – que já tem registro emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido de registro definitivo foi feito na sexta (29).

Nova análise da Anvisa

Responsável pela análise e pela aprovação de todas as vacinas a serem aplicadas no Brasil, a Anvisa informou neste sábado que acompanha as ações do consórcio Covax e participa das reuniões.

Segundo a agência, a necessidade de uma novo pedido de registro dessas vacinas depende do local de produção e da forma de apresentação das doses.

O registro emergencial já concedido analisou vacinas de Oxford produzidas e finalizadas pelo laboratório Serum, da Índia. Se as doses a serem enviadas pela Covax tiverem a mesma origem e apresentação, a Anvisa pode simplesmente "ampliar" a autorização para uso.

Uma análise adicional como essa já foi feita pela Anvisa em relação à Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A agência já havia aprovado o uso emergencial de doses trazidas prontas da China, e depois se reuniu para aprovar novamente a aplicação das doses finalizadas no Brasil pelo Instituto Butantan.

Se as vacinas forem produzidas em outro laboratório, no entanto, a Anvisa diz que terá de analisar um novo pedido de registro emergencial. O mesmo acontecerá se a Covax enviar apenas o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima do imunizante, para que a vacina seja finalizada no Brasil.

redacao
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