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Uma pesquisa encomendada pela Sherlock Communications em seis países da América Latina aponta que 80% dos brasileiros entrevistados acreditam que o blockchain impactará alguma área de sua vida. Além disso, o relatório revela que as criptomoedas e a nova tecnologia estão ganhando popularidade e confiança entre os brasileiros, com a população reconhecendo cada vez mais o potencial de retorno de investimento.
O documento revela que, à medida que o cenário regulatório começa a se modificar, as autoridades têm trabalhado para desenvolver Moedas Digitais do Banco Central (CBDCs). Além disso, as empresas e os fundos têm conseguido entrar no ecossistema de forma significativa.
Encomendado pela Sherlock Communications, o relatório destaca os principais aspectos do cenário do blockchain em 21 países, incluindo uma pesquisa exclusiva com 3.500 pessoas sobre o panorama das criptomoedas e do blockchain no Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru e Chile.
Segundo Luiz Hadad, pesquisador líder de blockchain da Sherlock Communications, “o ecossistema de criptomoedas está em constante mudança e, desta vez, há dois aspectos principais a serem considerados ao ler o relatório de 2023.
“Estamos em um mercado em baixa e enfrentando muita pressão regulatória. Desde o colapso da stablecoin Terra Luna e a fraude na bolsa de criptomoedas FTX, os órgãos reguladores de todo o mundo estão observando o setor de perto, tomando medidas para proteger os investidores e seus mercados domésticos”, afirmou.
Dos brasileiros entrevistados, 36% consideram as criptomoedas um investimento seguro. Além disso, é a população mais confiante entre os latino-americanos de que o País está se modernizando em relação à pauta, com a porcentagem de respondentes que acreditavam que o Brasil estava atrasado, caindo de 37% em 2020 para 27%.
Atração por criptoativos
A demanda por plataformas de criptomoedas seguras e confiáveis está em alta e os brasileiros são os mais exigentes, segundo o relatório da Sherlock. A taxa dessa demanda aumentou de 39% em 2021 para 46%. Além disso, 35% sugerem que as plataformas de investimento deveriam ser mais intuitivas, exigindo menos habilidades técnicas.
No Brasil, 18% dos entrevistados disseram que estão aguardando uma regulação antes de investir em criptomoedas no próximo ano. Caso o setor fosse devidamente regulamentado, as chances de investirem em criptomoedas aumentariam em 35%.
Sobre o porquê de as pessoas investirem em criptomoedas, o fato de o ativo ser um meio de proteção à instabilidade financeira aparece como o quarto motivo, citado por 32% dos brasileiros entrevistados. A motivação principal é a complementação da renda, com quatro em cada dez (42%) buscando essa realização.
Outros pontos da pesquisa
A pesquisa aponta ainda que 30% dos brasileiros alegam falta de recursos financeiros como sendo o principal motivo para não investir em criptomoedas. Outros 48% afirmam que a imprensa tradicional é o meio escolhido para aprender sobre o tema.
Já 36% dos entrevistados brasileiros dizem que os influenciadores digitais foram o meio pelo qual ouviram falar sobre criptomoedas nos últimos 12 meses, enquanto outros 31% citam anúncios de TV e nas redes sociais como a principal fonte.
Apenas 14% dos brasileiros entrevistados afirmaram que atualmente estão investindo em cripto, enquanto 25% acreditam que o uso generalizado das criptomoedas ocorrerá em um futuro próximo.