Desemprego no Brasil atinge mínimo de 6,2%
O índice representa a menor taxa da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD)

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, conforme divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (29). O índice representa a menor taxa da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), iniciada em 2012, e foi alinhado às expectativas do mercado.

Destaques do relatório:

  • Queda no desemprego: A taxa recuou 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de maio a julho (6,8%) e 1,4 p.p. frente ao mesmo período de 2023 (7,6%).
  • População desocupada: O número de pessoas sem trabalho caiu para 6,8 milhões, o menor contingente desde 2014. Houve uma redução de 591 mil pessoas (-8,0%) no trimestre e 1,4 milhão (-17,2%) no ano.

Recorde de ocupação e melhora no mercado de trabalho

A população ocupada chegou a 103,6 milhões de pessoas, um novo recorde, crescendo tanto no trimestre (+1,5%, ou 1,6 milhão de pessoas) quanto no ano (+3,4%, ou 3,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas trabalhando em relação à população em idade ativa, alcançou 58,7%, também um recorde da série histórica.

Setores de destaque:

  • Setor privado:
    • Empregados no setor privado somaram 53,4 milhões, um recorde, com aumento de 1,9% no trimestre (995 mil pessoas) e 5% no ano (2,5 milhões de pessoas).
    • Empregados com carteira assinada chegaram a 39 milhões, subindo 1,2% no trimestre (479 mil pessoas) e 3,7% no ano (1,4 milhão de pessoas).
    • Empregados sem carteira atingiram 14,4 milhões, com crescimento de 3,7% no trimestre (517 mil pessoas) e 8,4% no ano (1,1 milhão de pessoas).
  • Setor público: Empregados chegaram a 12,8 milhões, recorde da série, com estabilidade no trimestre e alta de 5,8% (699 mil pessoas) no ano.
  • Trabalhadores domésticos: O contingente subiu para 6 milhões, aumento de 2,3% (134 mil pessoas) no trimestre.
  • Trabalhadores por conta própria: Permaneceram estáveis, totalizando 25,7 milhões.

Taxa de informalidade

A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, levemente superior aos 38,7% registrados no trimestre anterior. Isso representa 40,3 milhões de trabalhadores informais, um crescimento tanto no trimestre quanto no ano.


Rendimentos e massa salarial

  • Rendimento médio: A renda real habitual foi de R$ 3.255, estável no trimestre, mas com aumento de 3,9% no ano.
  • Massa salarial: Alcançou R$ 332,6 bilhões, registrando crescimento de 2,4% no trimestre (R$ 7,7 bilhões) e 7,7% no ano (R$ 23,6 bilhões).

redacao
Conta Oficial Verificada