Dívida Pública Federal terminou janeiro em R$ 6,449 trilhões
O valor representa uma queda de 1,08% em relação ao mês anterior

A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de janeiro em R$ 6,449 trilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional no Relatório Mensal da Dívida divulgado nesta segunda-feira (26). Isso representa uma queda de 1,08% em relação ao mês anterior.

Segundo os dados do Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF ficou abaixo dos limites estabelecidos, que variam entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para o ano. A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) alcançou R$ 6,176 trilhões, registrando uma queda de 1,48%. 

Enquanto isso, a Dívida Federal Externa totalizou R$ 273,83 bilhões (US$ 251,46 bilhões), apresentando um aumento de 8,89%. As emissões da DPF foram de R$ 185,34 bilhões, enquanto os resgates atingiram R$ 317,40 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$ 132,07 bilhões. Deste montante líquido, R$ 147,91 bilhões referem-se à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) e R$ 15,84 milhões referem-se ao resgate líquido da Dívida Pública Federal Externa. O percentual vincendo em 12 meses da DPF ficou em 19,15%, contra 20,14% no mês anterior.

O prazo médio da DPF foi de 4,11 anos, ante 3,95 anos do mês anterior. Utilizando a metodologia "Average Term to Maturity", que permite uma melhor comparação com outros países, a vida média da DPF passou de 5,26 anos para 5,47 anos. A participação dos títulos pós-fixados na Dívida Pública Federal variou de 39,66% em dezembro para 42,03% em janeiro. Conforme os limites estabelecidos pelo PAF, essa participação deve oscilar entre 40% e 44% em 2024.

Os títulos prefixados representaram 22,93% da DPF (contra 26,53% em dezembro). Os papéis indexados a índices de preços representaram 30,53% do total (29,76%). Enquanto os papéis atrelados a câmbio ficaram em 4,51% (4,05%).

Seguindo os parâmetros do PAF, a participação dos títulos prefixados deve estar entre 24% e 28% da DPF. Já os indexados a índices de preços devem variar de 27% a 31%, e os atrelados a câmbio devem ficar entre 3% e 7%. A participação de investidores não-residentes na Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) variou de 9,48% em dezembro para 9,92% em janeiro. Em termos absolutos, essa participação subiu de R$ 594,18 bilhões para R$ 612,83 bilhões.

Os fundos de investimento detiveram uma participação de 23,50% (23,53% em dezembro). As instituições de previdência fecharam em 23,64% (22,99%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 28,11% (29,67%). O governo respondeu por 3,81% (3,80%). Enquanto as seguradoras ficaram com 4,42% (4,02%). O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF fechou janeiro em 10,65%, contra 10,51% ao ano registrado no mês anterior. Já o custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) foi de 11,00%, após marcar 11,05%. No que diz respeito às emissões, o custo médio em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,56% em janeiro (11,62% em dezembro). Neste contexto, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 11,22% (11,38%), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) fechou o mês em 11,20% (11,36%). As NTN-B tiveram custo de 9,48% (9,28%) e as LFTs saíram a 12,78% (13,04%).

O colchão de liquidez da dívida pública chegou a R$ 813,23 bilhões em janeiro, em comparação com R$ 982,37 bilhões em dezembro. Esse colchão é suficiente para cobrir 7,10 meses de vencimentos de títulos à frente. Em dezembro, o colchão era suficiente para cobrir 7,57 meses de vencimentos futuros.

No relatório da dívida pública, o Tesouro Nacional destacou que o mês de fevereiro "foi marcado por uma forte alta dos Treasuries, devido à persistência inflacionária e à força da economia americana". Segundo o Tesouro, esses movimentos se refletiram na postergação das expectativas de cortes na taxa básica pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

Já "no mercado local, a parte curta da curva apresentou estabilidade". Conforme o Tesouro, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a Selic em 0,5 ponto percentual no mês passado "e as expectativas de ao menos outros dois cortes de mesma magnitude nas próximas reuniões tiveram pouco impacto na curva". Por outro lado, a parte longa da curva refletiu "o movimento dos Treasuries e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro, que veio acima do esperado".

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