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Um estudo publicado na revista científica The Lancet nessa quarta-feira (17) mostra que os idosos são os mais propensos a sofrerem uma segunda infecção provocada pelo coronavírus.
Os cientistas do Statens Serum Institut, de Copenhague, cruzaram dados de 4 milhões de pessoas da Dinamarca – cerca de 70% da população – com os resultados de mais de 10 milhões de testes para a detecção do coronavírus.
Eles compararam as taxas de infecção do primeiro e do segundo surto da doença no país, entre março e maio de 2020, e entre setembro e dezembro, respectivamente. Das 110 mil pessoas infectadas na primeira onda de Covid-19 no país, apenas 72 (0,65%) foram contaminadas novamente e, neste grupo, os idosos foram maioria.
As pessoas com 65 anos ou mais apresentaram uma taxa de proteção contra as novas infecções significativamente mais baixa do que a dos outros grupos etários: de 47%. Enquanto entre as pessoas mais jovens, com até 64 anos, a proteção alcançou cerca de 80%.
O estudo mostrou também que a proteção natural contra o novo coronavírus parece durar cerca de seis meses na maioria dos pacientes da Covid-19. Os autores defendem a vacinação de pessoas previamente infectadas, especialmente dos idosos, que correm maior risco de desenvolverem quadros mais graves da doença.
(Bethania Nunes)