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Nilton David, indicado pelo presidente Lula para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), defendeu uma atuação firme da instituição para controlar a inflação. Ele foi sabatinado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e aguarda aprovação para assumir o cargo em janeiro de 2025, substituindo Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do BC.
Nilton destacou o cenário econômico desafiador, com incertezas globais e desinflação lenta, mas apontou que o Brasil conta com fundamentos externos sólidos, como reservas internacionais e regime de câmbio flutuante. Ele mencionou a menor taxa de desemprego histórica, expansão do crédito e aumento da renda como sinais de resiliência da economia brasileira.
O economista reforçou o compromisso com a estabilidade de preços, estabilidade financeira e pleno emprego, elogiando o regime de metas de inflação como ferramenta essencial para lidar com choques macroeconômicos.
Questões sobre conflito de interesses
Durante a sabatina, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) mencionou que Nilton possui vínculo com um fundo do Bradesco nas Ilhas Cayman e que sua esposa trabalha no Citi. Nilton se comprometeu a se desvincular do fundo caso sua indicação seja aprovada.
Outras indicações ao BC
· Izabela Correa: Indicada para a Diretoria de Relacionamento Institucional, será a única mulher na diretoria, com mandato até dezembro de 2028.
· Gilneu Vivan: Assumirá a Diretoria de Regulação, substituindo Otavio Damaso, também com mandato até 2028.
Composição do BC em 2025
Com as novas nomeações, Lula terá indicado 7 dos 9 integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa Selic. Apenas dois diretores da gestão Bolsonaro permanecem, com mandatos até o final de 2025. (Com informações do Portal Poder 360)