Ministro diz que há negociação com a Pfizer por mais 100 milhões de doses
Queiroga também defendeu reforma do SUS e criticou reajuste de planos de saúde privados na pandemia

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 3, durante evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) que um segundo contrato com a Pfizer, na iminência de ser assinado, prevê mais 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, com a entrega de 35 milhões em outubro.

"Ou seja, o Brasil terá à disposição da sociedade 200 milhões de doses da Pfizer, ainda para este ano, porque este segundo contrato prevê para o mês de outubro 35 milhões de doses da Pfizer", disse Queiroga durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro explicou que o acordo em negociação é um segundo contrato com a Pfizer, que se soma ao já assinado e que prevê a aquisição pelo Ministério da Saúde de 100 milhões de doses da vacina, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech, até o final de setembro.

Na ocasião, o ministro também defendeu uma reforma do Sistema Único de Saúde (SUS) e criticou reajustes de preços feitos por planos de saúde privados durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. "O Sistema Único de Saúde é um patrimônio de todos os brasileiros, devemos fortalecê-lo, não só na assistência especializada à saúde, mas sobretudo na atenção primária", disse Queiroga.

"Nós precisamos reformar o Sistema Único de Saúde. É claro que nós temos uma reforma tributária a ser analisada pelo Congresso Nacional, nós temos um ambiente político muito exigente, com muita divergência, redes sociais muito inflamadas", afirmou, acrescentando que é necessário mudar modelo do SUS com melhor eficiência da alocação dos recursos.

Sobre saúde suplementar, Queiroga disse que não tem interesse em controlar preços, criticou a concentração no setor e a regra que permite à Agência Nacional de Saúde Suplementar regular os reajustes de planos de saúde, mas não os de planos individuais.

"Não é função do Ministério da Saúde intervir em política de preço, deixo bem claro aqui para não dizerem que estou querendo controlar preço da saúde suplementar, não quero e não é minha função, mas também não podemos achar que é normal determinadas seguradoras num contexto pandêmico querendo reajustar plano de saúde em 30%", criticou.

(Reuters)

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