Nova Bolsa promete rivalizar com a B3 e agitar o mercado ainda em 2025
Segundo a XP Investimentos, a entrada da Base Exchange pode alterar de forma significativa o mercado de negociação de ações no país

A Base Exchange, iniciativa da desenvolvedora Flowa (ex-ATG), está em processo avançado para se tornar uma nova Bolsa de Valores no Brasil, com foco em descentralização, tecnologia moderna e maior proximidade com os participantes do mercado.

A operação depende de autorizações da CVM e do Banco Central, com expectativa de aprovação até o fim de 2025. A proposta inclui uma estrutura mais ágil, com liquidação em prazos reduzidos (D+1 e D+0), e modelo de precificação inspirado no mercado australiano, visando reduzir custos e democratizar os ganhos no ecossistema.

A empresa conta com apoio de instituições importantes, como o fundo soberano Mubadala, e estrutura uma estratégia de mutualização com a entrada de bancos, traders e investidores institucionais em sua base acionária para garantir liquidez desde o lançamento.

A Flowa, controladora da Base, já responde por cerca de 10% do volume médio diário negociado na B3, evidenciando a experiência de sua equipe no mercado local.

Para facilitar a integração com corretoras, a Base desenvolve conectores para os principais sistemas de pós-negociação (Sinacor, Dimensa e Inoa), permitindo que instituições mantenham seus sistemas legados sem grandes mudanças estruturais. A proposta busca oferecer mais autonomia aos agentes de mercado, hoje concentrados na estrutura única da B3.

 

Segundo a XP Investimentos, a entrada da Base pode alterar de forma significativa o mercado de negociação de ações no país. Mesmo antes de ser autorizada, já atrai interesse de players institucionais e sinaliza um ambiente mais competitivo. A expectativa é que, com o avanço do projeto, haja uma redistribuição de valor no setor e estímulo à inovação, pressionando a B3 a rever sua política de preços e estratégias.

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