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A Petrobras reduzirá em cerca de 5% o preço médio da gasolina nas refinarias a partir de sábado (20), enquanto manterá o diesel estável, informou a petroleira à imprensa nesta sexta-feira (19), após um recuo dos preços do barril do petróleo nesta semana.
O ajuste representa queda de R$ 0,14 por litro no valor médio da gasolina da petroleira, para R$ 2,69 por litro.
O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.
Até o reajuste anunciado nesta sexta, a gasolina acumulava alta de 54% neste ano. O diesel, de 41%.
Os aumentos de preços foram um dos motivos de descontentamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com Roberto Castello Branco, demitido em publicação em rede social há um mês. Ele segue à frente da Petrobras até uma assembleia no próximo mês aprovar o general Joaquim Silva e Luna, indicado por Bolsonaro para substituí-lo, para o conselho da empresa.
A troca anunciada por Bolsonaro derrubou as ações da companhia por medo de intervenção do governo na política de preços da empresa.
Nos comunicados em que informa os reajustes, a Petrobras tem defendido a política de preços, dizendo que o alinhamento às cotações internacionais "é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras".
A escalada do preço dos combustíveis ocorre em meio ao recrudescimento da pandemia, que deve ter impactos no mercado de trabalho e na renda dos brasileiros, e pressionam as projeções de inflação para o ano. Nesta semana, o Banco Central anunciou o aumento em 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, com o objetivo de conter pressões inflacionárias.
(Reuters)