Este mês, a União Europeia, por exemplo, disse que não iria admitir viajantes vacinados com a Covishield

Segundo o The Economist, a vacina da AstraZeneca é a mais aceita mundialmente, com cerca de 119 países reconhecendo-a para viagens internacionais. Em seguida vem a da Pfizer-Biontech, aceita por aproximadamente 90 destinos. A Sputnik V vem em terceiro lugar, sendo permitida por um pouco mais de 60 países.

A dose da Sinopharm vem depois (entre 30 e 60 países), seguida pela Moderna (também entre 30 e 60), Johnson & Johnson (Janssen), aceita por pelo menos 45 governos, Covishield (um pouco mais de 30 - é a versão da AstraZeneca produzida pela Fiocruz no Brasil), Sinovac (parceira da Coronavac) por cerca de 30 países, e, por último, a Covaxin e a CanSinoBio, com ambas sendo reconhecidas por menos de 30 locais.

Este mês, a União Europeia, por exemplo, disse que não iria admitir viajantes vacinados com a Covishield (embora seja idêntica à da AstraZeneca que é usada na UE), pois ela não foi aprovada pelo regulador de medicamentos. Já o governo da Índia, onde a vacina é fabricada, ameaçou retaliar. A política também pode afetar destinatários Covishield em outras partes do mundo: 5 milhões de doses foram entregues na Grã-Bretanha.

E existem exceções. A França, por exemplo, apesar de fazer parte da União Europeia, aceita visitantes imunizados com a vacina Covishield produzida no Brasil pela Fiocruz. Mas não aceita a CoronaVac, que é reconhecida na Suíça. Uma verdadeira dor de cabeça para o viajante e seus agentes de viagens.

A vacina AstraZeneca é a mais amplamente aceita e também a mais usada e aprovada pela Organização Mundial de Saúde (junto com a Pfizer-BioNTech, Moderna, Johnson & Johnson e duas vacinas chinesas). Em contraste, a CanSinoBio, da China é reconhecida por poucos governos.

No próximo ano, é provável que várias vacinas tenham dificuldades para obter reconhecimento internacional. Por razões políticas, alguns países acenaram com vacinas caseiras, ou produzidas, por meio de reguladores. Outros podem não ter autoridades regulatórias rigorosas o suficiente para inspirar confiança nos medicamentos. Viajar ainda será um desafio, com uma série de burocracias nas fronteiras relacionadas a qual dose cada passageiro tomou.

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