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A cada 100 compras feitas na China neste ano, 52 devem ser por e-commerce. O país será o primeiro em que o ambiente digital vai superar as lojas físicas, farmácias e todo o tipo de transação feita em ambientes físicos no dia a dia.
Por trás dessa virada, até existe um efeito da pandemia de covid-19, mas as principais razões são o desenvolvimento tecnológico do país e a massificação da utilização de aplicativos que misturam compras com redes sociais e de grandes sites como Alibaba.
A previsão foi feita pelo eMarketer. Nos últimos anos, a participação do comércio eletrônico saiu de 34% em 2019 e deve alcançar 58% em 2024.
Os número estão muito à frente do que é visto em quem está em segundo lugar, que é a Coreia do Sul. O país deve ter 28,9% de suas vendas online neste ano no varejo.
Nos Estados Unidos, esse número será de apenas 15%, e a média entre os países da Europa Ocidental será de 12,8%.
A China há muito tempo lidera o mundo em números agregados de vendas de comércio eletrônico e na participação do comércio eletrônico no varejo total.
No entanto, até 2018, essa participação era de apenas 29,2%, o que é relativamente próximo da participação do comércio eletrônico na Coreia do Sul e no Reino Unido neste ano.
As razões que explicam esse alto número de compras online na China também têm a ver com a própria história do país. Por lá, os smartphones foram popularizados no lugar de desktops e notebooks no começo dos anos 2000 e os meios de pagamentos digitais estão há alguns anos-luz à frente do ocidente.
Além disso, a grandeza do e-commerce Alibaba também garantia que os chineses encontrassem o que precisassem a poucos cliques.
O eMarketer também aponta que o frete barato e a boa infraestrutura do país faziam com que as entregas acontecessem rapidamente no começo na última década. Mesmo que a situação agora seja diferente, a facilidade das entregas na China catapultaram o desenvolvimento
Os fatores relevantes de hoje são os superapps, que misturam compras com rede social e a plataforma Pinduoduo. O app conecta agricultores e distribuidores aos consumidores diretamente por meio de sua experiência de compra interativa.
(Victor Sena)