Taxas dos títulos do Tesouro Direto sobem após corte na projeção para a inflação
Tesouro prefixado abriu mais de 0,10 ponto percentual nesta segunda, com leitura de desancoragem da meta de inflação

Nesta segunda-feira, 15 de julho, as taxas dos títulos do Tesouro Direto registraram uma alta generalizada, após um período de quedas consecutivas. O destaque foi o título prefixado com vencimento em 2027, que teve um aumento significativo na taxa de 0,11 pontos percentuais.

Esse movimento foi influenciado pela revisão para baixo das projeções de inflação para 2024, conforme divulgado no Relatório Focus também nesta segunda-feira. Após nove semanas consecutivas de alta, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,02% para 4,0%. Há um mês, a projeção estava em 3,96%.

No fechamento desta tarde, às 13h01 (horário de Brasília), a taxa do Tesouro Prefixado 2027 estava em 11,42%, comparada aos 11,31% registrados na última sexta-feira, que foi a menor taxa em dez dias.

Outros títulos prefixados também mostraram aumento nas taxas. Os papéis com vencimento em 2031 e 2035 registraram taxas de 11,95% e 11,72%, respectivamente, em comparação com 11,82% e 11,60% no fechamento anterior.

Em relação aos títulos indexados à inflação, os movimentos foram variados. O título mais curto, com vencimento em 2029, teve uma leve alta de 0,04 pontos percentuais, passando de 6,11% para 6,15% de juro real. Já os títulos com vencimento em 2035 e 2045 mantiveram-se praticamente estáveis, com taxas de 6,13% e 6,25%, respectivamente.

Essas alterações nas taxas do Tesouro Direto refletem as recentes divulgações do mercado financeiro. Apesar da revisão para baixo na inflação prevista para 2024, as projeções para os anos seguintes ainda mostram uma tendência de alta. A previsão para a inflação em 2025 subiu pela 11ª semana consecutiva, de 3,88% para 3,90%, enquanto para 2026 a estimativa foi mantida em 3,60%. Esses números continuam acima do centro da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), embora ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais.

redacao
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