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Nesta terça-feira (5), as taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em queda, impulsionadas pelo cenário econômico e pelas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a inflação no Brasil e na zona do euro.
Durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Campos Neto destacou que a curva da inflação no país segue uma trajetória "benigna", mas ressaltou a necessidade de atenção ao setor de serviços, que começou a exercer pressão sobre os preços. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam essa tendência, com os preços da indústria brasileira, registrando a terceira queda consecutiva em janeiro.
O Boletim Focus, divulgado hoje, indica que a estimativa do mercado para o IPCA deste ano foi revisada para baixo, passando de 3,80% para 3,76%, enquanto a previsão para a inflação de 2025 se manteve em 3,51%. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), as projeções para 2024 apontam uma leve melhora, com a mediana das estimativas indicando uma expansão de 1,77%.
Na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI) apresentou uma queda de 8,6% na comparação anual de janeiro, após um recuo mais acentuado em dezembro, de 10,7%. Analistas previam uma redução menor, de 0,4%, na variação mensal do PPI do bloco.
No mercado do Tesouro Direto, as taxas dos títulos prefixados registraram queda na primeira atualização do dia. O Tesouro Prefixado 2027 pagava 9,95%, enquanto o prefixado para 2031 recuava para 10,70%. O papel com vencimento em 2045 entregava rentabilidade real de 5,77%, enquanto as taxas dos títulos para 2029 e 2035 operavam estáveis.