Tesouro Selic registra maior demanda em março, com R$ 2,17 bilhões em vendas
No total, foram realizadas 550.172 operações de investimento no Tesouro Direto, totalizando R$ 3,53 bilhões. Com resgates de R$ 2,87 bilhões, o resultado foi uma emissão líquida de R$ 657,6 milhões

Em março, o Tesouro Selic, título público indexado à taxa de juros, foi o investimento mais procurado pelos investidores, com vendas totalizando R$ 2,17 bilhões, representando 61,5% das operações no período, conforme dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional.

Os títulos atrelados à inflação ficaram em segundo lugar, com 29,9% das vendas, ou R$ 1,06 bilhão. Nessa categoria, estão incluídos o Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+, e Tesouro Educa+.

O recente aumento nos riscos internos devido à expectativa de juros elevados por mais tempo e ao crescente risco fiscal resultou em taxas mais atrativas para os títulos ligados à inflação. A XP, em seu relatório de alocação para maio, destacou que os títulos com vencimentos intermediários, como 2028 e 2030, ficaram mais interessantes devido ao aumento da inflação implícita.

Os títulos prefixados, que são a terceira opção mais escolhida pelos investidores, tiveram vendas de R$ 304,5 milhões, representando 8,6% do total em março. Essa categoria inclui o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.

No total, foram realizadas 550.172 operações de investimento no Tesouro Direto, totalizando R$ 3,53 bilhões. Com resgates de R$ 2,87 bilhões, o resultado foi uma emissão líquida de R$ 657,6 milhões.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,8% das operações, embora o valor médio por transação tenha sido de R$ 6.417,17. Em março de 2024, o estoque do Tesouro Direto fechou em R$ 133,3 bilhões, um aumento de 1,4% em relação a fevereiro, quando o valor era de R$ 131,4 bilhões.

Em relação ao estoque total do Tesouro Direto, os títulos ligados à inflação somam R$ 64,7 bilhões, ou 48,5% do total, enquanto os títulos indexados à Selic chegam a R$ 50,7 bilhões (38,0%). Os títulos prefixados representam 13,4% do estoque, somando R$ 17,9 bilhões.

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