Agentes de IA: a nova revolução tecnológica para 2025
Agentes de IA são a próxima revolução tecnológica, automatizando tarefas complexas e prometendo transformar o mundo corporativo

Quase dois anos após o lançamento do ChatGPT, a inteligência artificial (IA) entra em um novo estágio, marcado pela ascensão dos agentes de IA. Esses sistemas autônomos prometem transformar tanto o mundo corporativo quanto a interação dos usuários com a tecnologia. Diferentemente dos chatbots tradicionais, como Siri, Alexa e o próprio ChatGPT, os agentes de IA são projetados para realizar tarefas complexas de forma autônoma, com pouca ou nenhuma supervisão humana.

O que são agentes de IA?
Os agentes de IA representam uma evolução significativa no campo da inteligência artificial. Eles têm a capacidade de interpretar dados, tomar decisões e realizar tarefas complexas, indo muito além dos modelos generalistas como o ChatGPT. Anderson Amaral, fundador da Scoras, explica: “Um agente de IA tem tarefas específicas para realizar e excelência na execução, superando sistemas generalistas. Normalmente, vários agentes trabalham juntos para concluir tarefas complexas.”

Exemplos dessas automações incluem agentes que vasculham caixas de e-mails, identificam cupons de desconto e realizam compras de forma independente. Embora essa ideia remonte às primeiras décadas do conceito de IA, os avanços recentes em linguagem natural e grandes modelos de linguagem (LLMs) tornaram sua implementação mais acessível e prática.

Apostando no mundo corporativo
Enquanto a integração de agentes de IA no cotidiano dos consumidores ainda enfrenta desafios, o ambiente corporativo já demonstra grande potencial de aplicação. Empresas como Google, OpenAI, Microsoft, Salesforce e Palantir estão liderando a corrida para desenvolver agentes de IA voltados à automação de processos empresariais.

João Moura, fundador da startup CrewAI, ilustra como esses agentes já estão revolucionando empresas. “Temos clientes em telecomunicações cujas necessidades fiscais exigem cálculos complexos e organização de dados. Nossos agentes realizam todo o trabalho, desde a extração de dados até a recomendação de aprovação ou negação final por humanos.” A startup, que recebeu um aporte de US$ 12,5 milhões liderado por Andrew Ng e Jack Altman, é um exemplo do crescente investimento no setor.

Agentes de IA no mercado global
A adoção de agentes de IA no mundo corporativo reflete uma mudança de paradigma. Empresas estão migrando do modelo de software as a service para service as a software, onde os agentes resolvem demandas diretamente, eliminando processos intermediários. Segundo a firma de investimentos Sequoia, esse mercado pode alcançar uma avaliação global de US$ 10 trilhões nos próximos anos.

Além disso, agentes de IA têm vantagens claras sobre automações tradicionais de software, como adaptabilidade, autonomia e memória. Eles conseguem aprender com tarefas anteriores e ajustar-se para evitar erros futuros, o que os torna altamente eficientes em ambientes dinâmicos.

A busca pela inteligência artificial geral (AGI)
Enquanto agentes de IA continuam a evoluir, especialistas acreditam que eles são o caminho mais viável para alcançar a inteligência artificial geral (AGI), onde máquinas desenvolverão capacidades cognitivas sobre-humanas. Segundo Amaral, “a AGI virá dos agentes justamente porque trabalhando juntos as inteligências se somam. Não será uma única IA poderosa, mas vários agentes trabalhando em conjunto.”

O modelo OpenAI-o1, lançado em setembro, já introduz técnicas como cadeia de pensamento, onde sistemas revisam internamente os passos para construir respostas mais precisas. Esse avanço demonstra o potencial dos agentes em lidar com tarefas complexas enquanto minimizam erros.

O futuro nas mãos dos usuários
Embora o foco inicial esteja no ambiente corporativo, a expectativa é que os agentes de IA eventualmente se tornem acessíveis a consumidores comuns. Startups como Anthropic já testam agentes capazes de realizar tarefas diretamente nos computadores dos usuários, levantando questões sobre ética no trabalho e impacto na produtividade.

Além disso, grandes empresas de tecnologia, como a Apple, estão explorando como integrar agentes de IA em dispositivos como smartphones, transformando assistentes digitais em ferramentas indispensáveis. Esther Colombini, professora da Unicamp, alerta que, embora os agentes ainda estejam restritos a nichos em 2025, há um esforço crescente para personalizar essas soluções para o público geral.

O impacto transformador
Agentes de IA prometem revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia, automatizando processos inteiros e democratizando o acesso a soluções avançadas. Embora os desafios para a implementação ampla ainda existam, o crescimento do setor e o investimento em pesquisas apontam para um futuro onde agentes de IA se tornarão parte essencial de nosso dia a dia.

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