Menos de 1% das pessoas consegue detectar com precisão falsificações geradas por IA
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Estudo inédito revela uma profunda incapacidade dos consumidores em identificar falsificações geradas por Inteligência Artificial

Menos de 1% das pessoas consegue identificar com precisão falsificações geradas por inteligência artificial, segundo um estudo da iProov, empresa especializada em soluções de verificação biométrica. A pesquisa, realizada com 2.000 consumidores do Reino Unido e dos EUA, revelou que apenas 0,1% dos participantes foram capazes de distinguir corretamente entre conteúdos reais e deepfakes, que são imagens e vídeos hiper-realistas criados por IA para simular pessoas. O teste incluiu diferentes formatos de mídia, destacando a dificuldade generalizada na detecção dessas falsificações.

Andrew Bud, CEO da iProov, destacou que o resultado evidencia a vulnerabilidade de indivíduos e organizações a fraudes de identidade baseadas em deepfakes. Mesmo quando suspeitam da falsificação, a maioria das pessoas não toma nenhuma atitude, o que facilita a ação de criminosos cibernéticos. O estudo também revelou que gerações mais velhas são ainda mais suscetíveis: 30% dos entrevistados entre 55 e 64 anos e 39% dos que têm 65 anos ou mais nunca ouviram falar de deepfakes.

A dificuldade é maior com vídeos, onde apenas 9% dos participantes conseguiram identificar corretamente as falsificações. Além disso, 22% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar em deepfakes antes do estudo, enquanto mais de 60% demonstraram excesso de confiança em sua capacidade de detecção, especialmente entre jovens de 18 a 34 anos. As redes sociais, como Meta e TikTok, são apontadas como os principais canais de disseminação desses conteúdos, afetando a confiança dos usuários nessas plataformas.

O relatório destaca ainda que 74% dos entrevistados estão preocupados com o impacto social dos deepfakes, principalmente pela disseminação de notícias falsas. No entanto, menos de um terço das pessoas toma alguma atitude ao suspeitar de um conteúdo falso, e quase metade afirma não saber como denunciar. O uso crescente de deepfakes também contribui para a disseminação de desinformação, já que apenas 11% dos entrevistados afirmam verificar criticamente a fonte das informações.

Especialistas em segurança, como o professor Edgar Whitley, da London School of Economics, defendem que as organizações devem adotar tecnologias avançadas, como biometria facial com detecção de vivacidade, para autenticar usuários e proteger sistemas. O estudo da iProov aponta um aumento de 704% em fraudes baseadas em troca de rostos nos últimos 12 meses, evidenciando a rápida evolução dessa ameaça digital.

Para combater o problema, é fundamental que empresas e governos invistam em tecnologias de detecção de deepfakes, adotem medidas de segurança contínuas e promovam a conscientização sobre o tema. Além disso, é necessária uma colaboração mais ampla entre provedores de tecnologia, plataformas digitais e formuladores de políticas públicas para mitigar os riscos associados a essas falsificações digitais.

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