Economia

Veja a agenda econômica de 16 a 20 de dezembro de 2024

Na penúltima semana completa do ano, a agenda econômica segue agitada tanto no cenário internacional quanto no doméstico

Na penúltima semana completa do ano, a agenda econômica segue agitada tanto no cenário internacional quanto no doméstico. Nos Estados Unidos, todas as atenções se voltam para a decisão de juros do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve (Fed), marcada para quarta-feira (18). Já no Brasil, o foco está na tramitação do pacote fiscal de contenção de gastos e na divulgação de importantes documentos do Banco Central.

Cenário doméstico: atenção ao Copom e pacote fiscal

Apesar da ausência de indicadores econômicos de grande impacto, o mercado brasileiro estará atento a dois eventos principais:

  1. Ata do Copom (terça-feira): Após a decisão de aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, o Comitê de Política Monetária deverá detalhar as razões por trás dessa medida e sinalizar os próximos passos da política monetária. O documento será acompanhado de perto, dado o recado anterior de possíveis novas elevações da taxa Selic.

  2. Relatório Trimestral de Inflação (quinta-feira): O Banco Central trará novas projeções e análises sobre o comportamento da inflação, que podem influenciar as expectativas do mercado para o próximo ano.

Ainda nesta semana, embora sem data definida, o Ministério da Fazenda divulgará os números da Arrecadação Federal de novembro, importante para avaliar o desempenho fiscal do país.

Enquanto isso, no Congresso, o debate sobre o pacote fiscal promete seguir movimentado. A proposta, que visa conter os gastos públicos, continua sendo um dos principais temas para investidores e analistas.

Estados Unidos: decisão de juros do Fed e dados econômicos relevantes

No cenário internacional, os olhos estarão voltados para o Federal Reserve, que anunciará na quarta-feira sua decisão sobre a taxa de juros. A expectativa predominante é de um corte de 25 pontos-base, reduzindo o intervalo para 4,25%-4,5%, com probabilidade de 96%, segundo o CME FedWatch.

O comunicado que acompanhará a decisão e o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, serão cruciais para entender a trajetória futura da política monetária. O mercado avalia que, após o corte desta semana, o Fed poderá fazer uma pausa nas reduções, retomando o movimento em reuniões posteriores, possivelmente a partir de março.

Na quinta-feira, enquanto o mercado ainda analisa os desdobramentos da decisão de juros, será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do terceiro trimestre. A expectativa é de um crescimento de 2,8%, conforme pesquisa da Reuters, consolidando o dado previamente divulgado.

Já na sexta-feira, o mercado financeiro terá acesso ao índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), uma das métricas de inflação mais monitoradas pelo Fed. O resultado será especialmente relevante por ser o primeiro indicador divulgado após a decisão do FOMC, oferecendo pistas sobre a eficácia das medidas adotadas.

Outros destaques globais

Além dos Estados Unidos, os dados econômicos da China também estarão no radar dos investidores, com novos indicadores que poderão impactar mercados globais, especialmente commodities. O desempenho da economia chinesa segue sendo um termômetro importante para a dinâmica do comércio internacional.

Resumo da semana

Com decisões importantes tanto no Brasil quanto no exterior, a semana promete ser decisiva para os rumos da política monetária e fiscal. No Brasil, a tramitação do pacote fiscal e os relatórios do Banco Central serão os principais termômetros. Já nos EUA, a decisão de juros do Fed e os indicadores econômicos — como o PIB e o índice PCE — vão ditar o ritmo do mercado global.

A expectativa é de uma semana intensa para investidores, economistas e analistas, que buscam entender os desdobramentos dessas decisões no encerramento de 2024 e o que esperar para o início de 2025.

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