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Gol se prepara para sair da recuperação judicial nos EUA com aprovação de aumento bilionário de capital

Em assembleia geral extraordinária, os acionistas da companhia aprovaram um aumento de capital bilionário

Após quase um ano e meio em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Gol Linhas Aéreas deu um passo decisivo para encerrar o Chapter 11. Em assembleia geral extraordinária, os acionistas da companhia aprovaram um aumento de capital bilionário, previsto no plano de reestruturação da empresa, abrindo caminho para a conclusão do processo já no início de junho.

A aprovação representa um marco final para o processo de reestruturação supervisionado pelo Tribunal de Falências dos EUA. Segundo o CEO da Gol, Celso Ferrer, a empresa agora está posicionada para retomar a normalidade com uma estrutura financeira mais sólida. “As aprovações que recebemos hoje representam um dos marcos finais do nosso processo supervisionado pelo tribunal, abrindo caminho para a conclusão da nossa reestruturação no curto prazo. Estamos ansiosos para encerrar oficialmente esse processo e iniciar nossa próxima fase como uma companhia aérea mais forte e competitiva”, afirmou.

O aumento de capital aprovado poderá variar entre R$ 5,3 bilhões e R$ 19,2 bilhões. A capitalização ocorrerá por meio da conversão de créditos detidos por determinados credores da recuperação judicial em ações da empresa. Estão previstas a emissão de até 13,1 trilhões de novas ações ordinárias (GOLL3), com preço unitário de R$ 0,0002857142, e até 1,55 trilhão de ações preferenciais (GOLL4), ao valor de R$ 0,01 por papel.

A assembleia também aprovou a alteração do estatuto social da companhia para refletir o novo capital social, resultante da operação. O conselho de administração ainda deverá avaliar o valor atualizado dos créditos que serão utilizados na capitalização, a fim de definir o montante final do aumento de capital.

O avanço sinaliza o encerramento de uma fase delicada para a Gol, que entrou com pedido de Chapter 11 em janeiro de 2023, diante de dificuldades financeiras agravadas pelo cenário macroeconômico e pelos altos custos operacionais do setor aéreo. A expectativa é de que, com a reestruturação completa, a companhia possa retomar seu plano de crescimento com mais solidez financeira.

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