Com 109 deputados e quatro ministérios no governo Lula, União Brasil e PP anunciaram nesta quarta-feira (11) que rejeitarão o pacote fiscal do ministro Fernando Haddad se não houver redução de despesas. Em declaração conjunta, os presidentes dos partidos, Antônio Rueda e Ciro Nogueira, foram diretos: “Imposto demais é veneno. Sem corte de gastos, não tem conversa.” Para eles, falta transparência e competência ao governo, que continua gastando mais e tentando cobrir rombos com novas taxações.
O principal foco de resistência é a proposta de taxar em 5% investimentos hoje isentos de IR, como LCI e LCA. PL e Republicanos também sinalizam oposição. Outro ponto sensível é a revisão das isenções fiscais, estimadas em R$ 800 bilhões, que deve entrar em vigor apenas em 2026.
Enquanto isso, o governo tenta viabilizar a arrecadação com medidas como o aumento da alíquota sobre apostas on-line de 12% para 18%. Mesmo com ajustes no IOF, a estimativa é de arrecadar apenas um terço dos R$ 20 bilhões inicialmente projetados.