A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou sem restrições a operação que permite ao BTG adquirir ações da Light, elevando sua participação no capital social da companhia de energia de 4,99% para 15,17%. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 13 de junho.
Formalmente, as ações estão sendo compradas do Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado LS, mas apuração do Estadão revelou tratar-se de um veículo do banqueiro Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, em uma operação de 1,5 bilhão de reais que também envolve a Méliuz.
Em manifestação ao órgão antitruste, o BTG afirmou que o negócio está alinhado com sua estratégia de investimentos e representa uma oportunidade de geração de valor para o Grupo BTG Pactual e seus acionistas. A instituição também descartou qualquer alteração no controle, gestão ou administração da Light.
O banco informou ter sido acompanhado e ter recebido anuência do Banco Central e do Fundo Garantidor de Crédito, além de que o vendedor assumiu o compromisso de disponibilizar os recursos obtidos para o Banco Master.
A operação gera sobreposições horizontais entre as atividades da Light e algumas empresas do Grupo BTG Pactual nos segmentos de geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. As companhias informaram ao Cade que essas sobreposições não geram preocupações concorrenciais devido às baixas participações de mercado detidas pelas partes nos respectivos mercados relevantes, resultando na aprovação final do negócio.