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Entidades empresariais pedem firmeza do Congresso contra nova MP da Fazenda

As entidades também criticam o que consideram falta de compreensão governamental sobre a ausência de espaço para improvisos econômicos

Nove entidades do setor produtivo e financeiro divulgaram carta aberta pedindo ao Congresso Nacional que tenha firmeza contra a Medida Provisória enviada pelo Ministério da Fazenda que aumenta impostos para compensar o recuo parcial do Imposto sobre Operações Financeiras. As organizações criticam o que consideram uma postura arrecadatória e imediatista do governo.

Segundo a nota, as medidas da Fazenda buscam soluções de curto prazo em vez de enfrentar o verdadeiro problema estrutural do país através do controle dos gastos públicos. As entidades classificaram a nova MP como mais um capítulo da tendência governamental de evitar o desafio do controle das despesas públicas.

Na quinta-feira, 12 de junho, o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, informou que o colégio de líderes decidiu pautar para segunda-feira a urgência do projeto que derruba os efeitos do decreto governamental sobre o IOF. Na carta, as entidades solicitam a mesma postura firme em relação à Medida Provisória.

O documento expressa confiança de que o Congresso Nacional demonstrará a mesma responsabilidade e firmeza que mostrou ao reagir ao decreto do IOF. As organizações argumentam que o governo precisa atuar com previsibilidade e responsabilidade para estimular a economia nacional.

As entidades também criticam o que consideram falta de compreensão governamental sobre a ausência de espaço para improvisos econômicos. Destacam que a própria Fazenda admitiu contar com dividendos de estatais e recursos petrolíferos para recompor receitas, considerando que isso reforça a falta de sentido do decreto do IOF, que continua onerando empresas.

A carta foi assinada pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias, Associação Brasileira das Companhias Abertas, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional de Saúde, Confederação Nacional de Seguros e Confederação Nacional do Transporte.

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