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Taxas do Tesouro Direto caem com alívio no exterior e menor pressão inflacionária

Taxas do Tesouro Direto recuam com alívio nos mercados; prefixados pagam até 13,88% e papéis atrelados à inflação rendem até 7,50% ao ano

As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto operam em queda nesta segunda-feira (16), após a disparada registrada na semana passada, motivada pelo conflito entre Irã e Israel e temores inflacionários com a alta do petróleo. Com o cenário internacional mais calmo e menor pressão sobre os preços, os juros voltaram a recuar.

Às 13h02, os papéis prefixados voltaram a pagar menos de 14% ao ano. O Tesouro Prefixado 2028 oferecia 13,53%, enquanto o 2032 pagava 13,74%, e o 2035, com juros semestrais, rendia 13,88%. Já os títulos atrelados à inflação seguiam com prêmios elevados, como o Tesouro IPCA+ 2029 (IPCA + 7,50%) e o 2035 (7,32%). Papéis mais longos, como os de 2040 e 2050, também recuaram, pagando 7,06% e 7,00%, respectivamente.

A queda nas taxas reflete não só o recuo no petróleo e no dólar, mas também a sinalização do Irã de possível fim do conflito. Além disso, a nova projeção de inflação para 2025, que caiu de 5,44% para 5,25% no Boletim Focus, reforça a percepção de alívio.

O mercado também acompanha a divulgação do IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, e aguarda a decisão do Copom sobre a Selic na próxima quarta-feira (18). A expectativa majoritária ainda é de manutenção da taxa, apesar de incertezas sobre o tom que o BC adotará.

Segundo o economista Igor Barenboim, caso o Copom opte por nova alta de 0,25 ponto percentual, terá que reforçar a sinalização de fim do ciclo. No mercado de derivativos, as apostas nessa elevação caíram de 62% para 56,5% desde a semana passada.

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