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Dívida bruta do Brasil atinge R$ 9,27 trilhões em maio, segundo Banco Central

Segundo o BC, o aumento mensal da dívida bruta foi impulsionado principalmente pelos juros nominais apropriados

A dívida bruta dos governos no Brasil alcançou R$ 9,265 trilhões em maio de 2025, o equivalente a 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (30). O indicador apresentou leve alta em relação a abril, quando estava em 76% do PIB (R$ 9,176 trilhões).

Segundo o BC, o aumento mensal da dívida bruta foi impulsionado principalmente pelos juros nominais apropriados, que contribuíram com uma elevação de 0,8 ponto percentual. Por outro lado, a variação positiva do PIB nominal ajudou a conter esse avanço, com impacto de queda de 0,6 ponto percentual.

Já a dívida líquida do setor público não financeiro — que considera os ativos do governo, como reservas internacionais — subiu de R$ 7,433 trilhões em abril (61,5% do PIB) para R$ 7,548 trilhões em maio, representando 62% do PIB.

A variação da dívida líquida também foi influenciada pelos juros nominais apropriados (alta de 0,8 p.p.) e pelo déficit primário (alta de 0,3 p.p.). Em contrapartida, a desvalorização cambial de 0,8% no mês teve impacto de queda de 0,1 p.p., enquanto a variação do PIB nominal contribuiu com uma redução adicional de 0,5 p.p.

O BC também atualizou as chamadas elasticidades das dívidas líquida e bruta, ou seja, os impactos esperados sobre o endividamento a partir de variações em indexadores-chave como câmbio, Selic e inflação.

No caso da dívida líquida:

  • Uma valorização de 1% no câmbio (dólar mais caro) eleva a dívida em 0,07 p.p. do PIB, ou R$ 8,5 bilhões.

  • Um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, mantido por 12 meses, aumenta a dívida líquida em 0,47 p.p., ou R$ 56,8 bilhões.

  • Uma alta de 1 ponto percentual na inflação, mantida por 12 meses, eleva a dívida em 0,16 p.p., ou R$ 19,3 bilhões.

Para a dívida bruta:

  • Uma valorização de 1% do câmbio reduz o indicador em 0,09 p.p., ou R$ 10,8 bilhões.

  • Um aumento de 1 ponto da Selic por 12 meses eleva a dívida bruta em 0,42 p.p., ou R$ 51,7 bilhões.

  • Já uma alta de 1 ponto na inflação, também mantida por 12 meses, impacta a dívida bruta em 0,16 p.p., o equivalente a R$ 19 bilhões.

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