O UBS Wealth Management avalia que há espaço para as ações brasileiras continuarem subindo em 2025, apesar de manter uma postura cautelosa no curto prazo. O Ibovespa já acumula alta de 14% no ano, impulsionado por fundamentos sólidos, preços ainda atrativos e forte entrada de capital estrangeiro, que somou R$ 26,5 bilhões no primeiro semestre — maior volume desde 2022.
Segundo o banco, fundos globais e de mercados emergentes estão mais expostos ao Brasil do que em qualquer outro momento nos últimos 20 anos. A expectativa é de crescimento de lucros de 8,8% para 2026, sustentado por demanda interna estável, câmbio favorável e controle de custos. Além disso, o Ibovespa ainda negocia com desconto de 24% em relação à média histórica, com retorno sobre patrimônio de 16,6%, acima da média dos países emergentes.
O UBS também destaca como fator positivo a perspectiva de mudança no governo federal em 2026, o que já estaria sendo precificado pelo mercado. No entanto, mantém recomendação neutra para as ações brasileiras, citando riscos fiscais e o forte apelo da renda fixa no atual cenário de juros elevados.
Mesmo assim, o banco recomenda que investidores com pouca exposição à bolsa considerem entrar de forma gradual, especialmente diante da possibilidade de cortes de juros nos EUA e maior definição política no Brasil no segundo semestre.
