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EUA: ata do Fed revela baixo apoio a corte de juros em julho

Mesmo com apoio de diretores, mercado forte derruba chances de corte de juros em julho

A ata da reunião do Federal Reserve (Fed) dos dias 17 e 18 de junho mostrou que apenas alguns membros consideraram um corte de juros já em julho. A maioria preferiu manter cautela diante da inflação ainda resistente e das incertezas econômicas, especialmente sobre os possíveis impactos de tarifas prometidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem pressionado por cortes imediatos e pedido a renúncia do presidente do Fed, Jerome Powell.

Apesar disso, a maioria dos membros avaliou que cortes serão apropriados ainda em 2025, caso os sinais de desaceleração econômica se confirmem. A taxa foi mantida em 5,25% a 5,50% pela sétima reunião consecutiva, e o tom do comitê foi de prudência, ressaltando que o atual nível de juros é moderadamente restritivo.

A ata também revelou divisões internas: enquanto alguns participantes seguem mais preocupados com a inflação, outros destacaram riscos crescentes ao mercado de trabalho. Projeções indicam a possibilidade de dois cortes de 0,25 ponto percentual até o fim do ano, com apostas do mercado voltadas para setembro e dezembro.

Mesmo com falas recentes de diretores como Christopher Waller e Michelle Bowman a favor de cortes em julho, dados fortes do mercado de trabalho reduziram as chances de uma mudança já na próxima reunião. O mandato de Powell no comando do Fed vai até maio de 2026.

 

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