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Dólar sobe para R$ 5,56 com tensão fiscal e nova ofensiva tarifária de Trump

O mercado reagiu à possível prorrogação das tarifas dos EUA contra a China, anunciada por Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA

O dólar teve um dia de instabilidade nesta terça-feira (22), influenciado pelas incertezas fiscais no Brasil e pelas movimentações comerciais dos Estados Unidos com países asiáticos. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,5670, com leve alta de 0,04%, na contramão do exterior, onde o índice DXY — que mede o dólar frente a outras moedas fortes — recuava 0,48%.

O mercado reagiu à fala do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que anunciou discussões sobre a possível prorrogação de tarifas contra a China, previstas para expirar em 12 de agosto. Ele destacou que as relações comerciais entre os dois países estão em “bom nível” e que novas reuniões ocorrerão na próxima semana. Já o presidente Donald Trump anunciou novas tarifas de 19% sobre produtos da Indonésia e das Filipinas.

Trump também voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmando que ele deixará o cargo em oito meses, apesar do mandato ir até 2026. Powell participou de evento nesta terça, mas não falou sobre juros por conta do período de silêncio antes da próxima decisão do Fed, marcada para o dia 30.

No Brasil, o dólar refletiu ainda a divulgação do Relatório de Receitas e Despesas Primárias. O Ministério do Planejamento reduziu a previsão de contenção de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões, com o contingenciamento zerado e o bloqueio de recursos mantido em R$ 10,7 bilhões, ampliando incertezas sobre a política fiscal.

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