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Inadimplência de aluguel no Brasil registra maior taxa dos últimos 12 meses

Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,20%, em maio, para 2,47%, em junho

A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil registrou a terceira alta consecutiva e a maior taxa dos últimos 12 meses, fechando em 3,59%, em junho, uma variação de 0,26 ponto percentual em relação a maio (3,33%). Quando comparado com o mesmo período de 2024 (3,53%), a taxa de inadimplência apresenta uma alta de 0,06 ponto percentual. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica.

Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “esse aumento consecutivo da inadimplência locatícia reforça que as famílias ainda enfrentam orçamentos apertados. É bem importante monitorar as projeções de alta na inflação e nas taxas de juros, por serem fatores que podem agravar ainda mais a inadimplência de aluguel e o endividamento geral nos próximos meses”.

Em junho, a região Nordeste voltou a figurar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,80%. A região Norte fechou em 4,09%, após ficar em primeiro lugar em maio (4,77%), uma retração de 0,68 ponto percentual. Centro-Oeste vem logo em seguida, com taxa de 3,78%, ultrapassando o Sudeste, com taxa de 3,38%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,17%.

A inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,54%, em junho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram a maior alta já registrada desde o início do índice, em outubro de 2023, com 5,79% de inadimplência; a menor foi de imóveis de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 (2,17%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1.000,00 continua com a maior taxa (7,48%), sendo a maior já registrada pelo índice também; e a menor foi na faixa de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00, de 4,17%.

“Os dados mostram taxas altas para tipos de imóveis bem opostos, sendo os residenciais de alto padrão (acima de R$ 13.000) e os comerciais de até R$ 1.000. No primeiro caso, muitas imobiliárias deixam de exigir seguro-fiança, acreditando que o risco é menor por envolver inquilinos de maior poder aquisitivo. Já os imóveis comerciais de aluguel mais baixo podem ser mais afetados pela instabilidade econômica e os desafios enfrentados pelas empresas”, avalia Gonçalves.

Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,20%, em maio, para 2,47%, em junho; de casas de 3,72% para 3,96%. Os imóveis comerciais também registraram aumento, de 4,58% para 4,91% de inadimplência, em junho.

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