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Galípolo diz que menor dependência dos EUA reduzirá impacto do tarifaço no Brasil

Galípolo apontou que as tarifas podem, temporariamente, aumentar a oferta interna e conter preços, mas também desvalorizar o real e pressionar a inflação

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (11) que a baixa dependência comercial do Brasil em relação aos Estados Unidos reduz o impacto da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a produtos brasileiros. Segundo ele, essa condição, antes vista como desvantagem, agora funciona como proteção.

Galípolo explicou que economistas consultados pelo BC apontam três possíveis efeitos das tarifas. Dois seriam temporários: aumento da oferta interna, ajudando a conter preços, e desvalorização do real diante de um possível desgaste nas relações com os EUA, pressionando a inflação.

O terceiro efeito, mais duradouro, seria a dificuldade de redirecionar exportações para novos mercados, com possível perda de empregos — cenário ainda não incorporado às projeções. Ele destacou ainda que, embora investidores continuem aplicando nos EUA, há busca crescente por alternativas seguras diante da desvalorização do dólar.

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