A XP Investimentos reafirmou nesta semana que a Gerdau (GGBR4) continua sendo sua principal recomendação no setor de siderurgia, enquanto Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) permanecem com indicação neutra. A avaliação foi divulgada após a decisão do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) de aplicar tarifas antidumping definitivas sobre a importação de chapas de aço carbono da China, medida que substitui a taxação provisória em vigor desde outubro de 2024.
Segundo a XP, a decisão beneficia de forma direta a CSN, única produtora local desse tipo de chapa. Já a Usiminas não é impactada, pois não atua nesse segmento específico. Ainda assim, a corretora avalia que, em um cenário de adoção de novas barreiras contra o aço importado, a Usiminas poderia ser a maior favorecida.
Apesar da expectativa de parte do mercado sobre possíveis medidas adicionais de proteção, a XP considera improvável que o governo avance nesse sentido no curto prazo. O motivo é o risco de pressão inflacionária, o que tornaria a decisão politicamente mais difícil.
Como alternativa, a corretora aponta que poderia ser adotado um sistema de cotas mais restritivo para limitar a entrada de produtos estrangeiros, embora esse mecanismo seja considerado menos eficiente para dar suporte direto à indústria siderúrgica nacional.