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Alckmin diz que condenação de Bolsonaro não afeta comércio com os EUA

Alckmin afirma que condenação de Bolsonaro não afeta comércio com os EUA, critica tarifaço e exalta instituições brasileiras

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou no sábado (13) que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não deve ter impacto sobre as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, a decisão do Judiciário não interfere em medidas de política regulatória, como as tarifas de importação impostas recentemente pelos americanos.

“Imposto de importação é política regulatória, não há relação com decisões do Poder Judiciário”, disse Alckmin em visita à concessionária V12 da Volkswagen, em Brasília. Ele reforçou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é manter o diálogo e buscar a negociação. “Não há justificativa para o tarifaço. Dos dez produtos que os Estados Unidos mais exportam para nós, oito têm tarifa zero, e a tarifa média para entrar no Brasil é de 2,7%”, acrescentou.

O ministro destacou que os EUA registram superávit comercial com apenas três países do G20 e que o Brasil não representa problema para Washington. “O Brasil é solução. As exportações americanas para o Brasil crescem 12% neste ano. Vamos trabalhar para reduzir os impostos, porque é um ganha-ganha: o Brasil vende mais barato e os Estados Unidos compram mais barato”, afirmou.

Sobre a condenação de Bolsonaro e a articulação em torno de uma possível anistia, Alckmin ressaltou que cabe ao Judiciário a palavra final e aproveitou para exaltar as instituições. “O Brasil deve um justo reconhecimento à Polícia Federal, à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo, que cumpriram suas missões de maneira exemplar. Quem garante as liberdades é a democracia. Pessoas passam, mas as instituições ficam”, declarou.

Durante a visita, o ministro também comentou sobre o mercado automotivo sustentável. Segundo ele, a venda de veículos do segmento cresceu 26,1% entre 11 de julho e 11 de setembro, movimento que associa à redução de impostos. “Quando reduz o imposto, vende mais”, disse.

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