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Ouro bate recorde e se aproxima de US$ 4 mil com risco de paralisação nos EUA

A expectativa de corte de juros pelo Fed e o payroll de setembro seguem no radar dos investidores

O ouro encerrou esta segunda-feira (29) em novo recorde nominal histórico, impulsionado pela fraqueza do dólar e pelo risco de paralisação do governo dos Estados Unidos. O contrato de dezembro avançou 1,21% e fechou a US$ 3.855,20 por onça-troy na Comex, após atingir a máxima intradia de US$ 3.862,20. Foi a terceira alta consecutiva do metal, que segue em ritmo de valorização diante das incertezas políticas e econômicas.

As cotações ganharam força com a expectativa de um possível shutdown, caso o presidente Donald Trump e o Congresso não cheguem a um acordo orçamentário até amanhã (30). Ao mesmo tempo, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve reduzirá os juros em sua reunião de dezembro, cenário que tende a sustentar o ouro. Segundo o CME FedWatch, o mercado precifica 89,3% de chance de corte de 0,25 ponto percentual, acima dos 87,7% registrados na sexta-feira (26).

A perspectiva de afrouxamento monetário pressiona o dólar, que acumula queda de quase 10% em 2025 diante da política comercial incerta dos EUA. A moeda mais fraca torna o ouro mais atrativo para investidores globais. Além disso, o mercado aguarda a divulgação do payroll, na sexta-feira (3), que deve mostrar criação de 51 mil vagas em setembro, após os modestos 22 mil postos abertos no mês anterior, dado que pode influenciar os próximos passos da política monetária americana.

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