As ações da Movida (MOVI3) dispararam quase 20% nesta terça-feira (11), após a divulgação de resultados acima do esperado no terceiro trimestre de 2025. Fora do Ibovespa, os papéis chegaram a subir 19,23% na máxima do dia, negociados a R$ 10,19 por volta das 15h15. A locadora de veículos reportou lucro líquido de R$ 70 milhões, queda de 10,5% em relação ao ano anterior, mas com desempenho operacional mais forte e margens em recuperação.
O Ebitda somou R$ 1,478 bilhão, avanço de 18,5% em base anual, enquanto a receita líquida totalizou R$ 3,765 bilhões. A divisão de locação cresceu 15,3%, compensando a queda de 13,6% nas vendas de ativos. A dívida líquida subiu levemente, para R$ 15,45 bilhões, mas a alavancagem caiu para 2,7 vezes o Ebitda ajustado, indicando melhora no perfil financeiro da companhia.
Analistas de XP, BTG Pactual e Safra destacaram o desempenho positivo da operação, com maior eficiência e ganhos de margem em aluguel e gestão de frotas. Segundo o BTG, a estabilidade da depreciação e a força nos seminovos reduziram riscos e sustentaram a valorização das ações. Já o Safra ressaltou o Ebitda 6% acima das projeções de mercado.
A Movida também divulgou guidance otimista para o quarto trimestre, projetando lucro líquido entre R$ 75 milhões e R$ 90 milhões — avanço de até 45% em relação a 2024 — e alavancagem entre 2,6 e 2,8 vezes. A companhia espera registrar o melhor resultado trimestral dos últimos três anos, apoiada em maior eficiência operacional e digitalização de processos.
Mesmo após o forte rali, o BTG mantém recomendação de compra para MOVI3, citando valuation atrativo, enquanto o Safra segue neutro, apontando que a alavancagem ainda elevada e o cenário macroeconômico podem limitar novas altas. Já o Bank of America elevou o preço-alvo das ações de R$ 8,70 para R$ 10, indicando potencial adicional de valorização.
