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Dólar fecha estável a R$ 5,52 em meio a incertezas domésticas e externas

Câmbio fecha estável em meio a incertezas eleitorais no Brasil e dados de inflação nos EUA; mercados monitoram sinalizações de política monetária no Brasil e no exterior

O dólar teve uma sessão volátil nesta quinta-feira (18), com investidores reavaliando riscos domésticos relacionados ao cenário eleitoral de 2026 e às expectativas sobre o início do afrouxamento monetário no Brasil. A moeda encerrou o dia praticamente estável, cotada a R$ 5,5237, com alta de 0,01%, em movimento alinhado ao mercado internacional. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, avançou 0,05%.

No cenário interno, política monetária e noticiário político influenciaram o câmbio. Analistas apontaram que informações divulgadas ao longo da tarde ajudaram a aliviar parcialmente as incertezas eleitorais, enquanto o Relatório de Política Monetária do Banco Central revisou para cima as projeções de crescimento do PIB em 2025 e 2026. A autoridade monetária, contudo, reforçou que a convergência da inflação ao centro da meta de 3% deve ocorrer apenas em 2028 e evitou sinalizações sobre cortes de juros no curto prazo.

No exterior, a inflação dos Estados Unidos também esteve no radar. O índice de preços ao consumidor subiu 0,2% na leitura mais recente, levando a inflação anual a 2,7%, abaixo das projeções do mercado. O dado reforçou o viés de desinflação e manteve apostas de que o Federal Reserve possa iniciar cortes de juros ao longo de 2026, embora a expectativa predominante ainda seja de manutenção das taxas no início do próximo ano.

Na Europa, o Banco Central Europeu manteve os juros em 2% ao ano e adotou tom mais otimista sobre a resiliência da economia da zona do euro. A decisão contribuiu para um ambiente externo de cautela, limitando oscilações mais acentuadas no mercado de câmbio ao longo do pregão.

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