Por Letícia Bogéa – Analista de Economia do Boletim Nacional
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, na última reunião de 2025 que ocorreu 10 de dezembro, manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, pela quarta reunião consecutiva. A Selic segue no maior nível em 20 anos, sem indicação oficial de quando o Banco Central deve iniciar um ciclo de cortes.
O Banco Central tem atuado de forma cautelosa ao manter a taxa básica de juros nesse nível, com o objetivo de conter as pressões inflacionárias e conduzir a inflação de volta à meta.
Diversificar os investimentos em um cenário de juros elevados é mais do que necessário, é sobrevivência.
Acompanhar os movimentos do mercado é importante para compreender o contexto econômico. No entanto, essas variáveis não são decisivas para o resultado no longo prazo. Reagir às oscilações ou às sinalizações do BC pode levar a decisões precipitadas e que afastam você dos seus objetivos pessoais.
Quando o investidor reage pela emoção (age no impulso) certamente ele se arrependerá no futuro. Investir é ser paciente, é saber calcular o momento certo, é saber ver algumas cotas em queda na sua carteira e não se desesperar por saber que é momentâneo e que depois elas estarão em alta de novo. Em resumo: investir é conhecer seu plano e focar nele!
É isso que faz diferença: ter um plano de investimento individual e alinhado ao seu perfil. Esse plano não deve ser alterado a cada mudança no mercado, pois volatilidade faz parte do processo de investir. Quedas e períodos de incerteza não significam erro de estratégia, mas sim fases normais do ciclo econômico. O investidor estratégico entende isso e sabe lidar com cada fase.
Mais importante do que tentar antecipar movimentos do mercado é rebalancear a carteira somente quando necessário. Investir exige disciplina, paciência e constância.
Se você tem um bom relacionamento com seus investimentos, acompanha e sabe a qualidade dos ativos que possui, certamente terá mais segurança de saber o momento certo de rebalancear (ou não) sua carteira.
Onde diversificar
A diversificação pode incluir aplicações em CDBs, LCAs e LCIs, títulos do Tesouro, fundos imobiliários (FIIS), ação e também investimentos no mercado internacional. Dessa forma você amplia as fontes de retorno (mas é preciso saber administrar os riscos). Distribuir os recursos entre diferentes classes de ativos ajuda a atravessar períodos de juros elevados com mais consistência no longo prazo.
