A dívida bruta dos governos no Brasil alcançou R$ 10 trilhões em novembro, o equivalente a 79% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central do Brasil. O indicador apresentou avanço em relação a outubro, quando correspondia a 78,4% do PIB, ou R$ 9,85 trilhões.
Segundo o Banco Central, a elevação mensal da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) foi explicada principalmente pelo aumento dos juros nominais apropriados, que contribuíram com 0,7 ponto percentual do PIB, e pelas emissões líquidas de dívida, com impacto de 0,4 ponto. O crescimento do PIB nominal, por sua vez, exerceu efeito de redução de 0,4 ponto percentual na relação entre dívida e produto, sempre na comparação com o mês anterior.
No acumulado do ano, a DBGG aumentou 2,8 pontos percentuais do PIB. O resultado refletiu, sobretudo, a incorporação de juros nominais, responsável por elevação de 8,1 pontos percentuais. Também contribuíram as emissões líquidas de dívida, com impacto de 0,4 ponto, e o reconhecimento de dívidas, com 0,2 ponto. Em sentido oposto, o crescimento do PIB nominal reduziu o indicador em 5,2 pontos percentuais, enquanto a valorização cambial respondeu por um recuo de 0,6 ponto, além de outros ajustes da dívida externa, com impacto negativo de 0,2 ponto percentual.
A dívida líquida do setor público não financeiro também apresentou alta em novembro, atingindo 65,2% do PIB, o equivalente a R$ 8,2 trilhões. Em outubro, o indicador estava em 64,8% do PIB, ou R$ 8,1 trilhões. De acordo com o Banco Central, a variação mensal decorreu principalmente dos juros nominais apropriados, com impacto de 0,7 ponto percentual, da valorização cambial de 0,9% no período, que contribuiu com 0,1 ponto, e do déficit primário, também com 0,1 ponto. O crescimento do PIB nominal reduziu a dívida líquida em 0,4 ponto percentual, enquanto outros ajustes da dívida externa líquida tiveram impacto negativo de 0,1 ponto.
