A MRV (MRVE3) apresentou bons resultados operacionais no segundo trimestre de 2025, com destaque para lançamentos de R$ 3,4 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV), superando em 13% a estimativa do Banco Safra. As vendas líquidas somaram R$ 2,7 bilhões, alta de 24% no trimestre, mas ligeiramente abaixo do projetado. Apesar do desempenho comercial, a pressão sobre o fluxo de caixa voltou a preocupar o mercado.
A companhia registrou queima de caixa operacional ajustada de R$ 77 milhões, contrariando a expectativa do Safra, que previa geração positiva de R$ 30 milhões. O resultado foi afetado por atrasos em subsídios regionais e mudanças nos repasses da Caixa. Já a subsidiária americana Resia contribuiu com R$ 215 milhões em geração de caixa, impulsionada pela venda do empreendimento Dallas West e de um terreno.
A ação da MRV reagiu negativamente: chegou a cair 7,97% na mínima do dia, a R$ 5,77, e recuava 5,74% por volta das 14h50. O Safra manteve recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 8, citando que os números ainda não sustentam uma perspectiva otimista.
O Itaú BBA, por sua vez, teve uma leitura mais positiva. Destacou lançamentos 37% acima do previsto e vendas no Brasil 11% superiores às expectativas. Apesar da queima de caixa de R$ 104 milhões, o banco observou uma melhora em relação ao 1T25. Ainda assim, o BBA mantém preferência por outras construtoras do segmento de baixa renda, como Direcional (DIRR3), Cury (CURY3) e Plano&Plano (PLPL3).