Investidores institucionais estão mais otimistas com a Bolsa brasileira, segundo pesquisa da XP Investimentos divulgada em 16 de julho. O levantamento mostra que 65% pretendem aumentar a exposição a ações no curto prazo, ante 27% em dezembro de 2024. A maioria (54%) espera que o Ibovespa encerre 2025 entre 140 mil e 150 mil pontos, alinhado à projeção da XP.
Entre os principais riscos apontados estão a fragilidade fiscal e a instabilidade política no Brasil. No cenário externo, o fortalecimento do dólar e uma possível recessão nos EUA também preocupam. A maior parte dos entrevistados projeta o dólar entre R$ 5,40 e R$ 5,60 até o fim do ano.
Setores ligados à taxa de juros, como elétricas e saneamento, são os preferidos, seguidos pelo financeiro. Imobiliário e varejo mantêm boa atratividade, enquanto commodities e ações dolarizadas aparecem como as menos procuradas. O fluxo de caixa livre e o “momentum” de lucros são os critérios mais relevantes na escolha de ações.
Para a temporada de balanços do 2T25, os investidores demonstram otimismo com varejo, construtoras e bancos — setores domésticos mais sensíveis ao ambiente macroeconômico e à trajetória dos juros.