A Azul obteve autorização de um tribunal nos Estados Unidos para fechar um acordo com a Aercap, principal fornecedora de aeronaves e arrendamentos da companhia, que deve gerar mais de US$ 1 bilhão em economia com custos de frota. A decisão também permitiu que a aérea brasileira rejeitasse diversos contratos de leasing, medida que, segundo a empresa, não afetará o número de aviões em operação, nem rotas ou a capacidade de atendimento, já que os equipamentos envolvidos estavam fora de uso.
O avanço marca mais um passo na reestruturação financeira iniciada em maio, quando a Azul entrou com pedido de recuperação judicial no país norte-americano após meses tentando reorganizar dívidas acumuladas desde a pandemia. Em comunicado, a empresa destacou que a aprovação fortalece o plano de ajuste e amplia a margem para otimizar recursos.
Nos últimos meses, a Azul vem fechando acordos estratégicos para sustentar sua recuperação. Em julho, recebeu sinal verde da Justiça dos EUA para um financiamento de US$ 1,6 bilhão na modalidade “debtor in possession” (DIP), mecanismo que assegura liquidez durante o processo. Já no início de agosto, firmou um entendimento com acionistas e credores para um futuro aporte de US$ 650 milhões, destinado à capitalização da companhia.
Com as medidas, a Azul busca consolidar um alívio financeiro capaz de garantir estabilidade operacional e atrair novos investimentos, preservando sua malha aérea e mantendo o foco no atendimento ao cliente.
