O Itaú BBA ouviu 131 gestores de fundos entre os dias 18 e 22 de agosto para mapear o que os grandes investidores estão comprando e como avaliam o cenário econômico. O levantamento mostrou uma leve melhora no humor com a bolsa brasileira: quase metade acredita que o Ibovespa deve fechar 2025 entre 140 mil e 150 mil pontos — patamar que hoje parece viável, já que o índice opera em torno de 138 mil pontos.
O otimismo está em alta: 69% dos gestores têm visão positiva para os próximos seis meses, enquanto apenas 5% estão pessimistas. Na escala de 0 a 10, a confiança média foi de 7,03, a segunda maior desde o início da pesquisa em 2024.
Sobre preferências, os setores mais procurados continuam sendo os tradicionais, com destaque para utilities e grandes bancos. Entre as ações mais citadas aparecem Sabesp (SBSP3), BTG Pactual (BPAC11), Itaú Unibanco (ITUB4), Eletrobras (ELET3) e Nubank (NU) — este último apontado como o papel com maior potencial de retorno nos próximos seis meses. Também foram lembradas CPFL Energia, Equatorial, Rede D’Or, Prio e Mercado Livre.
Na parte macroeconômica, o foco está nos juros. Apesar da queda da inflação, os gestores adiaram a expectativa de cortes na Selic, hoje em 15%, o maior nível em 20 anos. Agora, a maioria aposta que as reduções só começarão entre o 4º trimestre de 2025 e o 1º trimestre de 2026, mas ainda veem espaço para recuo nas taxas de longo prazo, com projeção média de 12,9%, abaixo dos 13,2% da pesquisa anterior.
