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Log reduz vacância para 1,5% e anuncia R$ 4 bilhões em novos investimentos até 2028

Log reduz vacância para 1,5%, anuncia R$ 4 bi em investimentos até 2028 e promete dividendos de até 50% do lucro projetado

A Log Commercial Properties, empresa de galpões logísticos controlada pelo empresário mineiro Rubens Menin, vem consolidando sua posição como uma das maiores do setor no Brasil. A taxa de vacância, que era de 5,3% no primeiro trimestre de 2019, caiu para 1,55% neste ano, reflexo do crescimento do e-commerce e de uma estratégia agressiva de expansão e reciclagem de ativos.

Mesmo após a desaceleração do varejo no pós-pandemia e o impacto da alta da Selic, a companhia manteve sua trajetória de crescimento.

No primeiro semestre de 2025, todos os projetos lançados foram entregues com 100% de ocupação,atendendo especialmente clientes como Shopee, Mercado Livre e Amazon. Juntos, os gigantes digitais já respondem por cerca de 20% dos resultados da empresa, proporção que sobe para mais de 50% ao incluir empresas de varejo físico com forte operação online, como a Magazine Luiza.

No ano passado, a Log registrou R$ 219,7 milhões em receitas de locação e mais R$ 1,5 bilhão com a venda de ativos, dentro de uma estratégia de reciclagem de portfólio. “Construímos ao custo de R$ 2 mil por metro quadrado e vendemos por R$ 3,5 mil”, explicou o CEO Sergio Fischer, destacando que a companhia mantém presença a até 100 km de 60% da população brasileira.

Entre os projetos recentes, a Log foi responsável pelo primeiro galpão classe A de Fortaleza e prepara, junto à Shopee, um centro de distribuição em Recife que poderá empregar até 2,4 mil pessoas. Em 2024, a empresa foi responsável por 20% de toda a nova oferta de galpões logísticos no país e, em sua história, já entregou 2,3 milhões de metros quadrados de ABL em 50 empreendimentos, espalhados por 36 cidades.

Após concluir um ciclo de 1,5 milhão de m² nos últimos cinco anos, a companhia iniciou em 2025 um novo plano de expansão, com R$ 1 bilhão anuais em investimentos até 2028, destinados à construção de mais 2 milhões de m² de área locável.

Apesar do desempenho operacional sólido, as ações da Log (LOGG3) seguem pressionadas pelo cenário macroeconômico. De acordo com Fischer, o mercado ainda atrela a empresa ao desempenho de real estate e varejo, setores impactados pela Selic a 15%. O papel, que chegou a R$ 37 em novembro de 2020, tem sido negociado em torno de R$ 21. Para atrair investidores, a Log divulgou pela primeira vez uma projeção de lucro líquido entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões em 2025, com a promessa de distribuir metade do valor em dividendos.

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