O BTG Pactual promoveu ajustes em sua carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) para novembro, reduzindo a exposição em VILG11 em 1,5 ponto percentual e aumentando a participação de KNIP11 na mesma proporção. Segundo os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, responsáveis pela seleção, as mudanças seguem a estratégia de priorizar ativos com maior potencial de valorização no curto e médio prazo.
A redução em VILG11 ocorre após forte valorização ao longo do ano. Desde janeiro, o fundo acumula alta de 33% na Bolsa, ante 15% do IFIX, e elevou o pagamento de dividendos de R$ 0,63 para R$ 0,73 por cota. “Diante desse cenário, optamos por realizar parte dos ganhos, mas mantendo 4,5% de exposição no ativo, que segue entre nossas principais recomendações no segmento de galpões”, afirmam os analistas.
Já o aumento de posição em KNIP11 reflete o bom potencial de valorização do fundo, que hoje negocia com desconto de cerca de 3% em relação ao seu valor patrimonial e apresenta uma taxa interna de retorno considerada atrativa frente ao nível de risco do portfólio. Embora o rendimento atual esteja pressionado pela inflação recente, o BTG prevê uma recuperação nos próximos meses, impulsionada pela sazonalidade inflacionária típica do final e início de ano.
O banco também vê espaço para ganhos adicionais no KNIP11 caso o movimento de fechamento da curva de juros se intensifique. “Além da perspectiva de melhora nos rendimentos e no carrego da carteira, o fundo ainda pode capturar ganhos de capital via marcação a mercado”, destacam os analistas.
Em outubro, a carteira recomendada do BTG apresentou desempenho positivo de 0,67%, superando o IFIX, que avançou 0,12% no mesmo período. Para novembro, a seleção mantém dividend yield médio de 11,8%, com fundos individuais variando entre 7,3% e 19,9% ao ano. O portfólio, atualmente composto por 18 fundos, segue diversificado entre CRIs (53%), galpões (19%), renda urbana (10,5%), shoppings (7,5%), lajes corporativas (7%) e hedge funds (3%).
| Ticker | Setor | Peso | P/VP | DY anualizado (%) | 
|---|---|---|---|---|
| BTCI11 | Recebíveis | 6% | 0,94x | 12,8 | 
| KNCR11 | Recebíveis | 12% | 1,04x | 15,1 | 
| KNIP11 | Recebíveis | 11% | 0,96x | 8,5 | 
| CLIN11 | Recebíveis | 3,5% | 0,90x | 13,8 | 
| RBRR11 | Recebíveis | 7,5% | 0,92x | 11,4 | 
| RBRY11 | Recebíveis | 9% | 0,96x | 15,7 | 
| MCCI11 | Recebíveis | 4% | 0,95x | 13,5 | 
| VILG11 | Galpões | 4,5% | 0,81x | 9,5 | 
| BRCO11 | Galpões | 4,5% | 0,99x | 8,9 | 
| BTLG11 | Galpões | 10% | 1x | 10,8 | 
| BRCR11 | Lajes | 3,5% | 0,48x | 12,1 | 
| PVBI11 | Lajes | 3,5% | 0,68x | 7,3 | 
| HGBS11 | Shoppings | 1% | 0,92x | 9 | 
| GZIT11 | Shoppings | 2,5% | 0,52x | 19,9 | 
| HSML11 | Shoppings | 4% | 0,83x | 9,8 | 
| TRXF11 | Renda urbana | 7% | 1x | 11 | 
| HGRU11 | Renda urbana | 3,5% | 0,99x | 9 | 
| BTHF11 | Hedge fund | 3% | 0,85x | 12,9 | 
| Total | – | 100% | 0,92x | 11,8 | 
            







