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Brasil deve assumir liderança global na produção de carne bovina em 2025, aponta USDA

Produção de carne bovina no Brasil deve alcançar 12,35 milhões de toneladas em 2025

O Brasil deve se tornar, em 2025, o maior produtor de carne bovina do mundo, superando os Estados Unidos, de acordo com projeções divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório Livestock and Poultry: World Markets and Trade. O estudo estima que a produção global de carne bovina alcance aproximadamente 61,945 milhões de toneladas neste ano, medida em peso de carcaça.

Segundo o relatório, o Brasil deverá produzir cerca de 12,35 milhões de toneladas de carne bovina até o fim de 2025, volume superior ao projetado para os Estados Unidos, que devem registrar 11,814 milhões de toneladas no mesmo período. Na sequência do ranking global aparecem China, com produção estimada em 7,790 milhões de toneladas, União Europeia, com 6,475 milhões, Índia, com 4,635 milhões, e Argentina, com 3,220 milhões de toneladas.

O levantamento destaca que o crescimento brasileiro nos últimos anos tem sido expressivo. Entre 2021 e 2025, a produção nacional de carne bovina aumentou aproximadamente 26,7%. Em 2021, o País produziu 9,750 milhões de toneladas, enquanto os Estados Unidos registraram 12,734 milhões de toneladas naquele ano. Desde 2022, a produção norte-americana vem apresentando quedas sucessivas, com exceção de um leve aumento observado em 2024.

Para 2026, o USDA projeta uma retração na produção global de carne bovina, que deve recuar de 61,945 milhões de toneladas em 2025 para cerca de 61,032 milhões de toneladas. O Brasil também deve apresentar redução de aproximadamente 5% na produção, com volume estimado em 11,7 milhões de toneladas no próximo ano.

Segundo o órgão, essa diminuição está associada a uma mudança no ciclo pecuário brasileiro, com expectativa de redução no abate de fêmeas. A retenção de vacas pelos produtores indica um movimento de recomposição do rebanho, o que tende a impactar temporariamente os volumes produzidos.

Nos Estados Unidos, a produção de carne bovina em 2026 também deve apresentar queda, com estimativa de 11,712 milhões de toneladas, recuo de cerca de 1%. O USDA aponta que a menor disponibilidade de novilhos e novilhas para confinamento, somada às restrições à importação de gado proveniente do México, contribui para o cenário de retração.

A redução da produção nos Estados Unidos deve impulsionar as importações de carne bovina, favorecida pela diminuição de tarifas em mercados relevantes, como Austrália e Brasil. O relatório indica que esse movimento pode alterar fluxos comerciais ao longo de 2026.

No cenário global, o USDA projeta que a produção mundial de carne bovina caia cerca de 1% em 2026, para aproximadamente 61 milhões de toneladas. As reduções previstas em países como Austrália, Brasil, China, União Europeia e Estados Unidos devem superar os aumentos projetados para Índia, México, Nova Zelândia e Uruguai.

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