Bank of America recomenda compra das ações da Brava Energia, com potencial de valorização de 65%
A Brava Energia é apontada pelo BofA como uma oportunidade de investimento promissora para os próximos anos

Apesar da queda de mais de 30% das ações da Brava Energia (BRAV3) no acumulado de 2024, os analistas do Bank of America (BofA) veem o momento como uma oportunidade para incluir os papéis da companhia na carteira de investimentos. O otimismo é impulsionado pelas expectativas de produção e fluxo de caixa, além de eventos importantes que estão por vir.

Expectativas para a Brava Energia

O BofA projeta que, com a entrada em operação do novo FPSO no campo Atlanta, a Brava Energia deve alcançar uma produção de aproximadamente 40 mil barris por dia (bpd) já em 2025. "Esperamos que o campo se esgote em um ritmo rápido nos primeiros anos de operação", afirma o relatório. Para 2026, o banco espera uma nova perfuração, seguida de operações adicionais nos anos subsequentes, o que deve permitir que a produção permaneça acima de 40 mil bpd a longo prazo.

Além disso, a Brava Energia, fruto da fusão entre Enauta e 3R Petroleum, deve registrar fortes rendimentos de fluxo de caixa ao acionista (FCFE), com projeções de aproximadamente 30% em 2025 e 2026, segundo as contas do BofA.

Valorização e recomendação de compra

Os analistas também estimam múltiplos atrativos para a empresa, com EV/Ebitda de 2,7x para 2025, considerando o preço do petróleo a US$ 75 o barril, e 2,5x para 2026, com o barril a US$ 70. O banco reforçou sua recomendação de compra para as ações da Brava, fixando o preço-alvo em R$ 28, o que representa um potencial de valorização de 65% em relação ao fechamento da última sexta-feira (18).

Inspeção do FPSO Atlanta e perspectivas futuras

A visão otimista foi intensificada pela notícia de que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) agendou a inspeção do FPSO Atlanta para o final de novembro. Essa etapa é crucial para o início das operações do novo sistema de desenvolvimento completo (FDS), que está previsto para começar ainda em 2024.

Os analistas do BofA, Leonardo Marcondes, Caio Ribeiro e Mariana Leite, consideram o sistema "transformacional" para a Brava Energia, especialmente em termos de produção e geração de caixa. Atualmente, a produção da empresa é de aproximadamente 53 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Com o novo sistema, a expectativa é que a produção atinja 70 mil boed, consolidando a empresa como uma potência no setor.

Com a previsão de aumento na produção, fluxo de caixa robusto e múltiplos atrativos, a Brava Energia é apontada pelo BofA como uma oportunidade de investimento promissora para os próximos anos.

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