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A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,16% em janeiro, após registrar uma alta de 0,52% em dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa a menor taxa para o mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. O índice de 0,16% ficou em linha com a mediana das projeções de 34 instituições financeiras e consultorias consultadas, cujas estimativas variavam entre 0,05% e 0,42%.
No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, o IPCA registrou uma alta de 4,56%. Já em 2024, o índice fechou com uma elevação de 4,83%, superando o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, meta essa perseguida pelo Banco Central (BC).
Em relação à difusão da inflação, houve uma redução na proporção de itens que apresentaram aumento de preços no primeiro mês de 2025. O Índice de Difusão, que mede essa abrangência, caiu para 65%, após ter alcançado 69% em dezembro de 2024, de acordo com cálculos do Valor Data. Quando excluídos os alimentos, considerados um dos grupos mais voláteis, a difusão das altas de preços também recuou, passando de 68,9% para 59,8%.
O IPCA é calculado com base na cesta de consumo de famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas e as cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília, o que oferece uma visão ampla do comportamento dos preços no país.