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A Petrobras se consolida como a empresa brasileira com maior rendimento em dividendos neste ano, destacando-se entre as companhias listadas com maior "dividend yield" (DY) – indicador que mede o retorno percentual dos proventos em relação ao preço da ação. Os papéis preferenciais (PETR4) e ordinários (PETR3) da estatal estão no topo da lista de ações que mais recompensaram seus acionistas até setembro, conforme dados exclusivos levantados pela Comdinheiro para o Valor.
Dividend Yield e o Ranking das Melhores Pagadoras
Para as ações preferenciais da Petrobras, o DY atinge 12,43% no acumulado do ano, enquanto as ordinárias registram 11,8%, uma margem significativa que reflete a robustez do desempenho da empresa em seu setor. Na sequência, aparece a ação preferencial da Cemig (CMIG4), com DY de 10,31%, seguida por empresas como CPFL, Taesa, Vale, BB Seguridade, PetroRecôncavo, Banco do Brasil e Usiminas, compondo a lista das dez ações com maior retorno em dividendos até o momento.
Veja o ranking atualizado até setembro de 2024:
- Petrobras PN (PETR4): 12,43%
- Petrobras ON (PETR3): 11,80%
- Cemig PN (CMIG4): 10,31%
- CPFL ON (CPFE3): 7,88%
- Taesa units (TAEE11): 7,85%
- Vale ON (VALE3): 7,81%
- BB Seguridade ON (BBSE3): 7,44%
- PetroRecôncavo ON (RECV3): 7,14%
- Banco do Brasil ON (BBAS3): 6,85%
- Usiminas PNA (USIM5): 6,57%
Uma Estratégia Além do DY
O "dividend yield" é um critério importante para muitos investidores que buscam retornos consistentes, mas Filipe Ferreira, diretor da Comdinheiro, recomenda uma análise mais abrangente. Segundo ele, "o investidor precisa avaliar a situação macroeconômica da empresa, suas tendências de longo prazo e a performance histórica". Ferreira ressalta que observar o DY médio dos últimos cinco ou dez anos pode oferecer uma visão mais realista da política de dividendos e da estabilidade dos pagamentos.
Crescimento Recorde de Dividendos em 2024
Contrariando as previsões moderadas de final de 2023, os pagamentos de dividendos em 2024 já igualaram o valor total distribuído no ano anterior. Até setembro, as empresas brasileiras retornaram R$ 222,18 bilhões aos acionistas, entre dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e outras formas de proventos, superando os R$ 171,8 bilhões distribuídos no mesmo período de 2023. Em todo o ano de 2023, as distribuições somaram R$ 224,2 bilhões, o que destaca a força do mercado brasileiro em proporcionar retornos significativos para os investidores.
Para os acionistas da Petrobras e de outras grandes pagadoras de dividendos, o cenário de 2024 representa um período positivo e promissor, que reforça a confiança dos investidores no mercado de ações brasileiro.
(Com informações do Valor)