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A projeção de crescimento para o estoque de crédito dos bancos neste ano subiu de 10,3% em agosto para 10,6%, conforme revela a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a entidade, esse desempenho positivo é impulsionado por fatores como o aumento da renda das famílias, controle nos índices de inadimplência e a queda nas taxas de juros praticadas.
A pesquisa também mostra que a expectativa de crescimento para a carteira de recursos livres foi ajustada de 9,5% para 9,9%. Já para os recursos direcionados, a projeção passou de 12,1% para 11,9%. A taxa de inadimplência para 2024 permanece inalterada, com previsão de 4,4%.
De acordo com a Febraban, a revisão para baixo no crédito direcionado foi influenciada principalmente pelos recursos destinados às empresas, cuja projeção caiu de 12,6% para 12,1%. Essa queda está associada ao desempenho abaixo do esperado dos programas de auxílio criados para o Rio Grande do Sul.
“A pesquisa voltou a captar um sentimento positivo em relação ao mercado de crédito, cujas expectativas se elevaram novamente, diante de um nível de atividade surpreendente, mesmo agora com um novo ciclo de aperto monetário”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.
Apesar do ciclo de aperto monetário em curso, a pesquisa também captou uma leve melhora nas projeções para 2025. A expectativa de crescimento para a carteira total de crédito no próximo ano subiu de 8,9% para 9,1%.
Com esse cenário otimista, o setor bancário mantém uma perspectiva de expansão mesmo diante de um ambiente econômico desafiador.